O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) prevê um impacto quase insignificante da tarifa dos Estados Unidos no Brasil, disse Fernando Ribeiro, coordenador de relações econômicas internacionais do Ipea, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
“Esse cenário dá mais tranquilidade para o Brasil seguir as negociações com o governo Trump”, ele afirmou.
De acordo com Fernando, o impacto dessa tarifa deve ser muito concentrado na produção de semiacabados de ferro e aço, que são os produtos mais exportados para os EUA, mas pouco sentido em um contexto sistêmico.
A previsão do Ipea é de uma queda de pouco mais de 2% na produção e 11% nas exportações dentro do setor, com uma baixa de mais de 30% nas vendas para os EUA.
“A simulação dá um impacto mais imediato, de 1 a 2 anos, e existe a possibilidade de realocar a produção para outros países. No entanto, o mercado é muito competitivo, o que torna a esse processo mais difícil”, afirmou o especialista.
Fernando falou também sobre as variações como consequência do menor volume de importações por parte dos EUA.
“Um efeito que pode acontecer é a queda do preço internacional do produto, com a saída de um importador importante do mercado. Isso poderia gerar um novo prejuízo para os exportadores”.
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