Taxação do aço: Brasil busca renovar acordo com os EUA para evitar prejuízos
Publicado 14/03/2025 • 19:30 | Atualizado há 6 horas
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Publicado 14/03/2025 • 19:30 | Atualizado há 6 horas
KEY POINTS
A nova taxação de 25% sobre as exportações de aço para os Estados Unidos, imposta pelo governo Trump, entrou em vigor nesta semana e acendeu o alerta no setor siderúrgico brasileiro. A medida, que afeta todos os países exportadores, levanta dúvidas sobre os impactos no mercado nacional e a possibilidade de um novo acordo comercial entre os dois países.
Em entrevista ao jornal Money Times, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello, destacou que a expectativa do setor é a renovação do acordo firmado em 2018, quando o Brasil negociou um sistema de cotas que permitia a exportação sem tarifas, desde que dentro de determinados limites.
A taxação imposta pelos Estados Unidos não mira apenas o Brasil, mas todos os países exportadores de aço, o que coloca os produtores brasileiros em igualdade de condições com os concorrentes internacionais. Ainda assim, a sobretaxa pode impactar os preços e, consequentemente, a competitividade do produto brasileiro.
“A nossa expectativa é que as exportações sejam mantidas, mas com uma diferença: no patamar mais alto de preço, devido à taxação. No final do dia, quem será penalizado é o consumidor americano”, afirmou Mello.
O Brasil exporta principalmente placas de aço, um insumo estratégico para a siderurgia norte-americana. Segundo Mello, os Estados Unidos não têm autossuficiência na produção desse material, o que reforça a importância do Brasil como fornecedor.
Diante do cenário atual, a estratégia do setor siderúrgico brasileiro é buscar a manutenção do acordo de cotas estabelecido em 2018, que permitia exportações sem taxação até um determinado limite.
Naquele ano, o governo Trump impôs as mesmas tarifas de 25% sobre o aço importado, mas, após meses de negociações, o Brasil conseguiu um acordo conhecido como “hard quota”, que estabelecia limites rígidos de exportação.
“O acordo de 2018 foi muito bem detalhado e implementado. A máquina americana já está preparada para isso. A nossa expectativa é restabelecer essas condições”, explicou Mello.
Nos últimos anos, os Estados Unidos negociaram um modelo mais flexível com a União Europeia, permitindo exportações acima da cota, mas com a cobrança de 25% de tarifa sobre o excedente. No entanto, para o Brasil, a opção considerada mais viável é manter a versão rígida, garantindo um fluxo comercial previsível e sem sobretaxas.
Além da questão do aço, um novo fator preocupa o setor: a reciprocidade tarifária, que entrará em vigor nos Estados Unidos a partir de abril. A medida pode gerar novos desafios nas relações comerciais entre os dois países e exige negociações intensas por parte da diplomacia brasileira.
“Estamos lidando com duas questões ao mesmo tempo: o aço e a reciprocidade tarifária. O governo brasileiro já está em contato com os Estados Unidos para discutir ambos os temas”, afirmou Mello.
No mercado brasileiro, o clima entre os empresários do setor é de apreensão, mas também de resiliência. O setor vê como essencial a manutenção dos canais de negociação com os EUA para evitar prejuízos e garantir a continuidade das exportações.
Apesar de declarações mais duras em alguns momentos, as conversas entre os governos brasileiro e americano seguem ocorrendo em um tom positivo e propositivo. Para o Instituto Aço Brasil, o diálogo será fundamental para um desfecho favorável às indústrias siderúrgicas de ambos os países.
“A nossa expectativa é que possamos avançar e restabelecer um acordo positivo para os dois lados”, concluiu Mello.
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