IA capaz de igualar humanos em qualquer tarefa chegará em cinco a dez anos, diz CEO do Google DeepMind
Publicado 17/03/2025 • 21:02 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 17/03/2025 • 21:02 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
O cofundador e CEO do Google DeepMind, Demis Hassabis.
PAU BARRENA/AFP
A inteligência artificial que pode igualar os humanos em qualquer tarefa ainda está um pouco distante — mas é apenas uma questão de tempo até que se torne realidade, segundo o CEO do Google DeepMind.
Falando em uma coletiva no escritório da DeepMind em Londres, na segunda-feira, Demis Hassabis afirmou que acredita que a inteligência artificial geral (AGI, na sigla em inglês) — que é tão inteligente quanto ou até mais do que os humanos — começará a surgir nos próximos cinco a dez anos.
“Acho que os sistemas atuais são muito passivos e ainda há muitas coisas que eles não conseguem fazer. Mas, nos próximos cinco a dez anos, muitas dessas capacidades começarão a surgir e estaremos caminhando em direção ao que chamamos de inteligência artificial geral”, disse Hassabis.
Hassabis definiu a AGI como “um sistema capaz de demonstrar todas as habilidades complexas que os humanos possuem”.
“Ainda não chegamos lá. Esses sistemas são muito impressionantes em certas tarefas, mas ainda existem coisas que eles não conseguem fazer, e há muito trabalho de pesquisa pela frente”, afirmou Hassabis.
Hassabis não é o único a sugerir que a AGI ainda levará algum tempo para surgir. No ano passado, o CEO da gigante chinesa de tecnologia Baidu, Robin Li, disse que enxerga a AGI como algo que está “a mais de dez anos de distância”, discordando de previsões otimistas de alguns de seus colegas sobre uma chegada muito mais rápida dessa tecnologia.
A previsão de Hassabis adia o cronograma para o surgimento da AGI em relação ao que outros líderes do setor têm estimado.
Dario Amodei, CEO da startup de IA Anthropic, disse à CNBC no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, em janeiro, que espera que uma forma de IA “melhor do que quase todos os humanos em quase todas as tarefas” emerja nos “próximos dois ou três anos”.
Outros líderes de tecnologia preveem a chegada da AGI ainda antes. Jeetu Patel, diretor de produtos da Cisco, acredita que há chances de vermos um exemplo dessa tecnologia surgir ainda este ano. “Há três grandes fases” para a IA, disse Patel em entrevista à CNBC durante o evento Mobile World Congress, em Barcelona, neste mês.
“Primeiro, temos a IA básica, que todos estamos experimentando agora. Depois, vem a inteligência artificial geral, quando as capacidades cognitivas se igualam às dos humanos. E, por fim, temos o que chamam de superinteligência”, explicou Patel.
“Acredito que veremos evidências concretas da AGI em 2025. Não estamos falando de algo distante”, acrescentou. “Já a superinteligência, no melhor dos cenários, está a alguns anos de distância.”
A inteligência artificial superinteligente (ASI) é esperada para surgir após a AGI e superar a inteligência humana. No entanto, “ninguém sabe ao certo” quando esse avanço ocorrerá, disse Hassabis na segunda-feira.
No ano passado, o CEO da Tesla, Elon Musk, previu que a AGI estaria disponível até 2026, enquanto o CEO da OpenAI, Sam Altman, afirmou que tal sistema poderia ser desenvolvido no “futuro relativamente próximo”.
Hassabis afirmou que o principal desafio para atingir a inteligência artificial geral é fazer com que os sistemas atuais consigam compreender o contexto do mundo real.
Embora já tenha sido possível desenvolver sistemas capazes de resolver problemas e executar tarefas de forma autônoma em ambientes como jogos — como o complexo jogo de estratégia Go —, trazer essa tecnologia para o mundo real tem se mostrado mais difícil.
“A questão é: com que rapidez conseguimos generalizar ideias de planejamento e comportamentos agentes para o mundo real? Isso envolve modelos que entendam o mundo ao nosso redor”, explicou Hassabis.
“Acho que fizemos bons avanços nos modelos de mundo nos últimos anos”, acrescentou. “Agora, a questão é: qual é a melhor forma de combinar isso com os algoritmos de planejamento?”
Hassabis e Thomas Kurian, CEO da divisão de computação em nuvem do Google, destacaram que os sistemas de IA chamados de “multiagentes” são um avanço tecnológico que está ganhando força nos bastidores.
Hassabis afirmou que muito trabalho está sendo feito para avançar nessa direção. Um exemplo é o projeto da DeepMind para fazer com que agentes de IA aprendam a jogar o popular game de estratégia Starcraft.
“Já trabalhamos bastante nisso com Starcraft no passado, onde temos uma sociedade ou liga de agentes que podem competir ou cooperar”, explicou o CEO da DeepMind.
Kurian complementou: “Quando pensamos na comunicação entre agentes, também estamos desenvolvendo formas para que um agente possa se expressar. Quais são suas habilidades? Que tipos de ferramentas ele usa?”.
“Esses são elementos fundamentais para que possamos interagir com um agente. Com essa interface, outros agentes também podem se comunicar com ele”, concluiu Kurian.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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