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Vendas da Nike caem no trimestre, puxadas por queda de 17% na China

Publicado 20/03/2025 • 18:20 | Atualizado há 22 horas

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • A Nike superou as expectativas de Wall Street para o trimestre de festas, mas registrou queda de 9% nas vendas globais, impactada principalmente pelo desempenho fraco na China.
  • No período, as vendas na China recuaram 17%, enquanto na América do Norte, um dos principais mercados da marca, a retração foi de 4%.
  • Os resultados foram divulgados cerca de cinco meses após Elliott Hill assumir como CEO, em meio a esforços para reverter a trajetória da empresa e retomar o crescimento. Desde então, a Nike enfrenta novos desafios que podem tornar essa recuperação mais difícil.
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A Nike superou as expectativas de Wall Street para o trimestre de festas, mas registrou queda de 9% nas vendas globais, impactada principalmente pelo desempenho fraco na China.

No período, as vendas na China recuaram 17%, enquanto na América do Norte, um dos principais mercados da marca, a retração foi de 4%.

A empresa divulgou poucos detalhes sobre suas perspectivas para os próximos meses em seu balanço do terceiro trimestre fiscal. Além disso, não forneceu projeções detalhadas, afirmando somente que sua previsão para o segundo semestre do ano fiscal de 2025 permanece “consistente” com o que foi comunicado em dezembro, quando apresentou os resultados do segundo trimestre.

“O ambiente operacional é dinâmico, mas o mais importante para a Nike é atender os atletas com inovação em novos produtos e reacender o impulso da marca por meio do esporte”, afirmou Matt Friend, diretor financeiro da companhia.

Desempenho no trimestre

Veja os resultados da Nike no trimestre em comparação com as projeções de analistas consultados pelo mercado:

  • Lucro por ação: US$ 0,54 vs. US$ 0,29 esperados
  • Receita: US$ 11,27 bilhões vs. US$ 11,01 bilhões estimados

O lucro líquido reportado para o período de três meses encerrado em 28 de fevereiro foi de US$ 794 milhões (ou US$ 0,54 por ação), queda significativa em relação ao US$ 1,17 bilhão (ou US$ 0,77 por ação) registrados no ano anterior.

As vendas caíram para US$ 11,27 bilhões, um recuo de cerca de 9% ante os US$ 12,4 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior.

Apesar de superar as previsões de lucro, o resultado veio sobre expectativas já baixas e os ganhos da empresa caíram 32% na comparação anual. A Nike não detalhou os motivos da queda nos lucros em seu relatório, mas analistas apontam que a marca tem reduzido estoques de produtos antigos para dar espaço a novos estilos, o que pode ter pressionado suas margens.

Desafios no caminho da recuperação

Os resultados foram divulgados cerca de cinco meses após Elliott Hill assumir como CEO, em meio a esforços para reverter a trajetória da empresa e retomar o crescimento. Desde então, a Nike enfrenta novos desafios que podem tornar essa recuperação mais difícil.

Desde seu último balanço, em dezembro, medidas como uma nova tarifa de 20% sobre produtos importados da China, impostas pelo ex-presidente Donald Trump, e um enfraquecimento do sentimento do consumidor nos EUA impactaram o cenário econômico. As vendas no varejo de janeiro e fevereiro ficaram abaixo das expectativas, levantando dúvidas sobre a disposição dos consumidores em gastar.

Atualmente, cerca de 24% dos fornecedores e fabricantes da Nike estão na China, segundo um relatório publicado em janeiro. Caso a empresa não aumente os preços para compensar as tarifas e não consiga repassar o custo para os fornecedores, suas margens podem sofrer novo impacto.

Além disso, com a redução da confiança dos consumidores, itens discricionários como roupas e calçados costumam ser os primeiros a sair da lista de compras. Nos últimos anos, o setor de tênis e vestuário enfrentou um crescimento mais lento, com os consumidores cortando gastos. Contudo, até recentemente, marcas fortes ainda conseguiam ganhar participação de mercado de concorrentes menores.

Nas últimas semanas, porém, até mesmo grandes empresas do setor começaram a sinalizar preocupação com o enfraquecimento do consumo, o que levantou dúvidas sobre a saúde da economia global.

A Nike ainda é amplamente esperada para recuperar a fatia de mercado perdida e reorganizar seus negócios, mas especialistas apontam que a recuperação pode ser mais lenta e desafiadora do que o previsto, especialmente diante das incertezas econômicas.

Investindo no público feminino e novas parcerias

A empresa já começou a agir para fortalecer sua presença no mercado, com foco especial no público feminino. No mês passado, anunciou uma parceria estratégica com a Skims, marca de roupas íntimas de Kim Kardashian, para lançar uma linha chamada NikeSKIMS, que incluirá roupas, calçados e acessórios. A iniciativa visa atrair mais consumidoras e competir diretamente com marcas como Lululemon, Alo Yoga e Vuori, que atualmente possuem um apelo mais forte entre as mulheres.

Além disso, a Nike lançou durante o Super Bowl uma nova campanha publicitária voltada para atletas femininas — sua primeira grande ação publicitária no evento em décadas. A estratégia reforça que a conexão com o esporte feminino será um dos pilares da gestão de Hill.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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