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EUA: presidente do Fed de Chicago condiciona cortes de juros ao progresso da inflação

Publicado 21/03/2025 • 15:17 | Atualizado há 15 horas

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • O presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou nesta sexta-feira (21) que ainda vê cortes nas taxas de juros como uma possibilidade, embora os riscos para essa perspectiva estejam aumentando.
  • Falando dois dias depois de ele e seus colegas votarem novamente pela manutenção das taxas de curto prazo, Goolsbee disse à CNBC que tem ouvido mais preocupações de empresas em sua região sobre o impacto das tarifas.
  • “Quando há muita incerteza, acho que é necessário esperar para ver algumas dessas questões serem resolvidas no lado da política”, disse o dirigente.
Imagem do Federal Reserve, o banco central dos EUA.

Imagem do Federal Reserve, o banco central dos EUA.

Foto: Divulgação/Federal Reserve.

O presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou nesta sexta-feira (21) que ainda vê cortes nas taxas de juros como uma possibilidade, embora os riscos para essa perspectiva estejam aumentando.

Falando dois dias após ele e seus colegas votarem novamente pela manutenção das taxas de curto prazo, Goolsbee disse à CNBC que tem ouvido mais preocupações de empresas em sua região sobre o impacto das tarifas e seu potencial para aumentar os preços e desacelerar o crescimento.

“Quando há muita incerteza, acho que é necessário esperar para ver algumas dessas questões serem resolvidas no lado da política”, disse o dirigente do banco central em entrevista ao programa Squawk Box.

“Estou conversando com empresários e líderes cívicos por toda a região, e houve uma mudança perceptível nessas conversas nas últimas seis semanas. Há ansiedade, pausas em projetos de capital e investimentos até que haja mais clareza sobre tarifas e outras políticas fiscais.”

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Ainda assim, Goolsbee afirmou que continua esperando cortes de juros no futuro, mesmo que o Fed esteja adotando uma abordagem cautelosa por enquanto, à medida que aguarda o desenrolar de questões como os planos tarifários do presidente Donald Trump, bem como desregulamentações e cortes de impostos.

“Se conseguirmos continuar avançando na redução da inflação no longo prazo, acredito que as taxas de juros daqui a 12 a 18 meses estarão mais baixas do que estão hoje”, disse ele.

Em uma fala separada na manhã desta sexta-feira, o presidente do Fed de Nova York, John Williams, também destacou o alto nível de incerteza em relação às decisões e tendências econômicas, especialmente no que diz respeito à inflação.

“Os dados recentes — tanto concretos quanto indicativos — estão enviando sinais mistos. As medidas de incerteza na política econômica aumentaram significativamente nos últimos meses”, disse Williams em um discurso em Nassau, nas Bahamas.

Tanto Goolsbee quanto Williams votaram junto com os demais integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) para manter a taxa básica de juros em uma faixa entre 4,25% e 4,5%.

No comunicado divulgado após a reunião, o FOMC ressaltou que “a incerteza sobre a perspectiva econômica aumentou”, e o presidente do Fed, Jerome Powell, usou o termo “incerteza” dez vezes em sua coletiva de imprensa pós-reunião.

Nos últimos dias, surgiu a questão sobre se a economia dos EUA está caminhando para um cenário de estagflação — caracterizado por baixo crescimento e inflação em alta.

“Tarifas aumentam os preços e reduzem a produção. Isso é um impulso estagflacionário, mas é diferente de dizer que estamos em estagflação”, explicou Goolsbee. “A taxa de desemprego está em torno de 4% e a inflação está na casa dos 2%. Os dados concretos de que partimos não são os da estagflação dos anos 1970. O que temos agora é um ambiente desconfortável, no qual as coisas estão se movendo na direção errada.”

Os participantes da reunião do FOMC mantiveram suas projeções de dois cortes de juros até 2025. O mercado, no entanto, acredita que o Fed será mais agressivo, precificando o equivalente a três reduções de 0,25 ponto percentual cada, segundo dados da CME Group.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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