Com menos de 4% da população fluente em um segundo idioma, o Brasil se posiciona como um mercado promissor para o setor de intercâmbio. A crescente demanda por programas educacionais no exterior — que vão desde cursos de idiomas até formações acadêmicas completas — reflete uma busca cada vez maior por qualificação internacional. Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, o CEO da CI Intercâmbio, Celso Garcia, destacou o avanço desse segmento e o papel da companhia, que já enviou mais de 700 mil pessoas para o exterior.
“A CI tem se consolidado como uma das líderes do setor”, afirmou Garcia. Segundo ele, o mercado brasileiro de intercâmbio ainda tem muito espaço para crescer, especialmente diante da baixa proficiência linguística entre os brasileiros. Ele observa que a procura por experiências no exterior hoje abrange diferentes perfis e faixas etárias, incluindo desde adolescentes até pessoas da terceira idade.
“O nosso maior público está na faixa de 20 a 35 anos, que busca aprender um segundo idioma e investir na sua formação”, explicou. No entanto, o executivo também destacou o aumento da procura por parte de estudantes menores de 18 anos — atraídos por programas de férias e high school — e de pessoas com mais de 60 anos que enxergam o intercâmbio como uma oportunidade de desenvolvimento pessoal.
Entre os destinos mais procurados, Garcia apontou Canadá, Austrália e Irlanda como líderes em preferência, mas ressaltou o crescimento expressivo de países como Malta e Emirados Árabes Unidos, especialmente Dubai.
“Hoje, Malta e Dubai se destacam entre os brasileiros interessados em cursos de inglês ou em programas que combinam estudo e trabalho”, disse. Ele acrescenta que a imigração legal para esses destinos tem se tornado mais acessível, impulsionada pela demanda por mão de obra qualificada e pela boa aceitação dos brasileiros no mercado internacional.
A diversificação geográfica dos programas é uma das apostas da CI. Garcia revelou que a empresa lançou recentemente opções de intercâmbio para a Coreia do Sul, país que tem despertado o interesse de jovens atraídos pela cultura pop local, como o K-pop e as produções televisivas coreanas.
“Os programas para a Coreia do Sul têm sido muito procurados, especialmente pela influência da cultura pop”, afirmou.
Para ampliar o acesso e a informação sobre os programas disponíveis, a CI realizará a sua Feira de Intercâmbio em diversas cidades brasileiras. O objetivo é democratizar o acesso à educação internacional e atender públicos de todas as idades e regiões do país.
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