A Força Aérea dos Estados Unidos anunciou que vai seguir em frente com a produção do caça F-47 Next Generation Air Dominance (NGAD). Esperado para entrar em operação até o final desta década, ele substituirá o F-22 Raptor como o principal caça de supremacia aérea dos Estados Unidos.
O anúncio foi feito na sexta-feira (21) pela Força Aérea e pelo presidente Trump. Nos círculos de defesa, havia incertezas sobre se o caça seria aprovado como parte da meta da administração de fortalecer as forças armadas dos EUA ou se sucumbiria ao compromisso de reduzir drasticamente os gastos federais.
Desde a concepção do projeto em 2016, a Força Aérea vem realizando testes secretos com protótipos do NGAD nos últimos cinco anos, fazendo com que o projeto já esteja em uma fase extremamente avançada.
O contrato de US$ 19,6 bilhões (cerca de R$ 111,72 bilhões, na cotação atual) de engenharia e desenvolvimento de manufatura (EMD) de cinco anos para a construção e testes dos protótipos de produção do F-47 foi concedido à Boeing, em vez da rival Lockheed Martin, fabricante do F-22 Raptor e do F-35 Lightning II.
A Lockheed tem um conhecimento profundo no desenvolvimento de caças furtivos, enquanto a Boeing atravessa uma fase difícil, enfrentando dificuldades na produção e em outros setores.
Por isso, é possível que a Lockheed seja chamada para trabalhar como subcontratada, juntamente com outras empresas, para garantir a capacidade de produção necessária e acelerar os ciclos de aquisição.
Embora o número exato de F-47s a ser encomendado não tenha sido definido, o custo estimado por aeronave deve começar em US$ 300 milhões (R$ 1,71 bilhão), embora o secretário da Força Aérea dos EUA, Frank Kendall, tenha afirmado que o objetivo do serviço é reduzir esse valor para cerca de US$ 100 milhões (R$ 570 milhões), de forma similar ao F-35 Lightning II.
O maior avanço, entretanto, é a fusão de Inteligência Artificial (IA) com um conjunto de sensores, transformando o F-47 de um simples caça em uma plataforma de comando capaz de tomar decisões de combate, além de fornecer consciência situacional em tempo real e melhorar a rede de comunicação com outras plataformas, como aeronaves colaborativas (CCA), aeronaves de arsenal, navios, satélites, forças terrestres e mais.
“Estou muito animado em anunciar que, sob minha direção, a Força Aérea dos Estados Unidos avançará com o primeiro caça de sexta geração do mundo”, disse o presidente Trump em uma coletiva de imprensa na Casa Branca. “Nada no mundo chega nem perto dele, e será conhecido como F-47”.
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