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‘O Brasil saiu menos prejudicado com as tarifas e pode até ganhar mercado no café’, avalia especialista

Publicado 09/04/2025 • 11:29 | Atualizado há 2 semanas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • De acordo com Delara, o otimismo do mercado está concentrado especialmente no café robusta. O Brasil, de acordo com ele, entrou de forma expressiva nesse segmento.
  • Sobre a produção nacional, Delara lembra que o café, por ser uma cultura perene, exige planejamento a longo prazo, diferentemente de grãos como soja ou milho.
  • “Nosso principal concorrente, o Vietnã, recebeu tarifa de 46% anunciada por Trump. Então, por esse lado, o Brasil pode até aumentar as exportações de café para os EUA”, afirmou.
Alê Delara, diretor da Pine Agronegócios

Alê Delara, diretor da Pine Agronegócios

Divulgação

Em meio ao novo tarifaço promovido pelos Estados Unidos, alguns produtos brasileiros já começam a sentir impactos diretos, entre eles, o café.

Em entrevista exclusiva ao Times Brasil — licenciado exclusivo da CNBC, nesta quarta-feira (08), Alê Delara, diretor da Pine Agronegócios, comentou o atual cenário para os produtores brasileiros.

Segundo ele, o momento é de equilíbrio entre otimismo e preocupação. Delara explica que o Brasil teve um desempenho expressivo nas exportações de café no ano passado, impulsionado por problemas climáticos e logísticos em grandes concorrentes como o Vietnã, além da instabilidade nas rotas comerciais internacionais, como no Mar Vermelho.

“O Brasil se aproveitou dessa condição e bateu recorde de exportações. Nossos dois principais compradores são hoje a União Europeia e os Estados Unidos. Com as tarifas do Trump, o Brasil saiu menos prejudicado, com tarifas de 10%. Esse fluxo para os EUA não deve sofrer grandes alterações”, disse.

De acordo com Delara, o otimismo do mercado está concentrado especialmente no café robusta. O Brasil, de acordo com ele, entrou de forma expressiva nesse segmento, com contratos futuros negociados na B3 e entrega física.

“Nosso principal concorrente, o Vietnã, recebeu tarifa de 46% anunciada por Trump. Então, por esse lado, o Brasil pode até aumentar as exportações de café para os EUA”, afirmou.

No entanto, ele pondera que a atenção do mercado está voltada para o comportamento dos países europeus, que enfrentam tarifas mais altas, na casa dos 20% a 25%.

“A preocupação é saber se a Europa manterá o consumo de café mesmo com preços elevados, considerando o cenário geopolítico atual e o ritmo da economia por lá”, disse.

Sobre a produção nacional, Delara lembra que o café, por ser uma cultura perene, exige planejamento a longo prazo, diferentemente de grãos como soja ou milho.

“O plantio do café começa a dar frutos dois anos e meio após o início. E pode continuar produzindo por 10 a 15 anos, dependendo do manejo. Por isso, o retorno é a longo prazo, no mínimo três anos. Mas o cenário atual, com preços elevados, máximas históricas em bolsas como Nova York e Londres, além de diferenciais atrativos e uma taxa de câmbio acima de 6, estimula os produtores”, explicou.

Segundo ele, o fluxo de exportações segue forte, e há vários fatores internos e externos que sustentam os bons preços.

“O saldo entre preço, demanda e fluxo é positivo. E isso pode, sim, estimular o aumento de produção no país”, concluiu.

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