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Argentina se prepara para greve de 24 horas enquanto aguarda empréstimo do FMI

Publicado 09/04/2025 • 19:59 | Atualizado há 1 uma semana

AFP

KEY POINTS

  • Milhares de argentinos saíram às ruas em um protesto contra a austeridade na quarta-feira (9), preparando o cenário para uma greve geral de 24 horas marcada para começar à meia-noite, enquanto o presidente Javier Milei aguarda notícias sobre um novo empréstimo do FMI.
  • Uma manifestação pacífica na capital Buenos Aires antecedeu a paralisação de quinta-feira (10) — a terceira greve geral no governo de 16 meses de Milei, que tem cortado orçamentos, convocada por sindicatos para protestar contra seu tipo de austeridade "motosserra".
  • Milei ficou famoso por empunhar uma motosserra ao vivo durante sua campanha presidencial para simbolizar os cortes que faria na burocracia e nos gastos sociais.
Presidente da Argentina, Javier Milei

Presidente da Argentina, Javier Milei

Tânia Rêgo/Agência Brasil

Milhares de argentinos saíram às ruas em um protesto contra a austeridade na quarta-feira (9), preparando o cenário para uma greve geral de 24 horas marcada para começar à meia-noite, enquanto o presidente Javier Milei aguarda notícias sobre um novo empréstimo do FMI.

Uma manifestação pacífica na capital Buenos Aires antecedeu a paralisação de quinta-feira (10) — a terceira greve geral no governo de 16 meses de Milei, que tem cortado orçamentos, convocada por sindicatos para protestar contra seu tipo de austeridade “motosserra”.

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Medidas de austeridade e suas consequências

Milei ficou famoso por empunhar uma motosserra ao vivo durante sua campanha presidencial para simbolizar os cortes que faria na burocracia e nos gastos sociais.

No cargo, ele cortou subsídios para transporte, combustível e energia, demitiu dezenas de milhares de servidores públicos e fechou departamentos governamentais inteiros.

As medidas reduziram a inflação e resultaram no primeiro superávit orçamentário da Argentina em mais de uma década, mas também levaram o país à recessão e milhões de pessoas à pobreza nos primeiros meses do governo Milei — embora dados oficiais mostrem uma melhora nos números.

“O custo (da austeridade) para setores vulneráveis é infinitamente maior do que sugere o índice de inflação mensal”, disse Hector Daer, secretário-geral do movimento trabalhista CGT, antes da greve.

A ação deve paralisar trens e aviões, além de fechar escolas e bancos.

A companhia aérea nacional Aerolineas Argentinas, que Milei deseja privatizar, anunciou o cancelamento de 258 voos, afetando cerca de 20.000 passageiros. Motoristas de ônibus não fazem parte da ação.

‘Estou de saco cheio’

A Argentina tem uma das taxas de inflação anual mais altas do mundo, mas as medidas de Milei são creditadas por reduzi-la de 211% em 2023 para 66%.

Os sindicatos afirmam que os números macroeconômicos positivos não refletem a perda de poder de compra do argentino médio.

Antes da paralisação, Buenos Aires foi palco na quarta-feira (9) de um protesto semanal de aposentados — um dos grupos mais atingidos pelos cortes de Milei — apoiado por sindicatos e outros movimentos sociais.

Em 12 de março, 45 pessoas ficaram feridas quando uma manifestação semelhante — com participação de torcedores de futebol — se tornou violenta. Desta vez, eles marcharam pacificamente.

“Estou aqui para defender os direitos dos aposentados, estou de saco cheio deste governo!” disse Carlos Salas, um servidor público de 63 anos que participou do protesto enquanto a Argentina aguarda a palavra final sobre um empréstimo de US$ 20 bilhões (R$ 100 bilhões) que está buscando do Fundo Monetário Internacional.

Empréstimo do FMI: esperança e desafios

Milei diz que o dinheiro permitirá que seu governo pague suas dívidas com o banco central e ajude a “exterminar” a inflação — uma meta-chave à medida que a campanha legislativa de meio de mandato se aproxima, com seu partido buscando aumentar sua representação no Congresso.

A Argentina já deve US$ 44 bilhões (R$ 220 bilhões) ao FMI, que disse na terça-feira (8) que chegou a um acordo preliminar de empréstimo com o país sul-americano.

A aprovação final por parte do conselho executivo pode ocorrer “nos próximos dias”, segundo o credor.

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