O mercado global de anti-aging está em crescimento e deve movimentar cerca de US$ 120 bilhões até 2030. A indústria, que abrange desde tratamentos de medicina estética até a medicina regenerativa, tem se beneficiado de inovações tecnológicas, especialmente nas áreas de biotecnologia e genômica, e de um aumento no interesse por cuidados preventivos, principalmente após a pandemia. No Brasil, o setor também apresenta números expressivos, com o país posicionado como o quarto maior mercado global.
Em entrevista ao Money Times, a médica Janine Araújo, especialista na área, detalhou algumas das tendências que estão moldando o mercado. Ela explicou que, além dos tratamentos estéticos mais tradicionais, como o botox e os preenchimentos, as terapias regenerativas, que utilizam células-tronco e exossomos, estão se destacando. A médica mencionou que “as terapias regenerativas estão ganhando força, com países como o México já realizando tratamentos avançados, não apenas para questões estéticas, mas também visando a saúde”.
A evolução da medicina dentro do campo de anti-aging também está atrelada aos avanços do mapeamento do DNA humano e ao estudo das células-tronco. A médica destacou que “a medicina regenerativa, que utiliza recursos do próprio organismo, é uma tendência forte para as próximas décadas”. Ela também pontuou a relevância de um estilo de vida equilibrado, com atividades físicas regulares e uma alimentação saudável, como base para os tratamentos de anti-aging.
Além das inovações tecnológicas, o mercado também busca integrar elementos naturais em tratamentos. Araújo afirmou que “os pacientes estão cada vez mais buscando por tratamentos naturais, como as terapias que vêm do próprio organismo, como as células-tronco e os exossomos”. Ela também mencionou que, ao contrário de décadas atrás, onde a transformação visível era o objetivo, atualmente, o foco está em resultados naturais e preventivos.
No Brasil, o interesse por tratamentos de anti-aging tem se ampliado, com o país ocupando o quarto lugar no ranking mundial de gastos com beleza e autoestima. A estimativa é que, no próximo ano, o Brasil ultrapasse o Japão, alcançando o terceiro lugar. A médica observou que “o Brasil tem investido bastante no setor e é um mercado em franca ascensão, com a população cada vez mais preocupada com a saúde e com a aparência”.
Por fim, Araújo comentou sobre o impacto emocional e social do envelhecimento. Ela afirmou que “o medo de envelhecer tem sido uma constante ao longo da história, e com a expectativa de vida aumentando, as pessoas buscam sentir que ainda estão inseridas no meio social e no mercado de trabalho”. Ela destacou a importância dos cuidados preventivos, que não só contribuem para a aparência, mas também para o bem-estar físico e emocional do indivíduo.
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