Ações da Novo Nordisk sobem após lucro acima do esperado e aumento nas vendas do Wegovy
Ações da Apple caem 3% no pré-mercado após China considerar investigação sobre práticas da App Store
Demanda global por ouro atinge novo recorde em 2024; apetite pelo metal em 2025 segue forte
Disney supera previsões de lucro, mas perde assinantes do Disney+
Mattel diz que Barbies e Hot Wheels podem ficar mais caros com as tarifas de Trump
Publicado 20/11/2024 • 07:45
KEY POINTS
Bandeira do Reino Unido
Pixabay
A inflação anual do Reino Unido subiu mais do que o esperado em outubro, ultrapassando a meta do Banco da Inglaterra, devido ao aumento das contas de energia, conforme dados oficiais divulgados nesta quarta-feira (20).
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) alcançou 2,3% em comparação com 1,7% em setembro, segundo o Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS).
O CPI havia atingido 2,3% pela última vez em abril, enquanto analistas previam uma subida para 2,2%. A meta do Banco da Inglaterra é de 2%.
“A inflação subiu… devido ao aumento no teto de preços de energia, resultando em custos mais altos para gás e eletricidade em comparação com a queda no mesmo período do ano passado”, afirmou Grant Fitzner, economista-chefe do ONS.
A Ofgem, reguladora de energia do Reino Unido, define trimestralmente o teto de preços que os fornecedores podem cobrar dos clientes.
O aumento mais recente, em outubro, foi de 10%, mas espera-se uma queda significativa em janeiro, segundo previsões.
A reguladora citou o aumento dos preços nos mercados internacionais de energia, devido a tensões geopolíticas e eventos climáticos extremos, como razões para o aumento acentuado.
“Sabemos que as famílias em todo o Reino Unido ainda enfrentam dificuldades com o custo de vida”, disse Darren Jones, alto funcionário do Tesouro, em reação aos dados de inflação, acrescentando que o governo trabalhista precisa fazer mais para ajudar.
Analistas afirmam que, apesar do aumento dos preços, o Banco da Inglaterra deve continuar a reduzir as taxas de juros britânicas.
Ruth Gregory, vice-economista-chefe do grupo de pesquisa Capital Economics, prevê que o Banco da Inglaterra pode pular a reunião de dezembro e cortar as taxas gradualmente, em 25 pontos base em fevereiro e em todas as outras reuniões até que as taxas alcancem 3,5% no início de 2026.
No início deste mês, o banco central reduziu os custos de empréstimo em 25 pontos base, para 4,75%.
Após essa decisão, o Banco da Inglaterra afirmou que o orçamento inicial do governo trabalhista do Reino Unido em outubro, que incluiu aumentos de impostos e maior endividamento, impulsionaria o crescimento, mas também elevaria a inflação.
Os principais bancos centrais começaram este ano a cortar as taxas de juros que haviam sido aumentadas para conter a inflação, que disparou após o fim dos lockdowns da Covid e a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Em agosto, o Banco da Inglaterra reduziu sua taxa principal pela primeira vez desde o início de 2020, de um pico de 16 anos de 5,25%, à medida que a inflação do Reino Unido retornava a níveis normais.
A inflação no Reino Unido havia disparado para mais de 11% em outubro de 2022, o nível mais alto em mais de quatro décadas, quando a guerra Rússia-Ucrânia reduziu o fornecimento de energia e alimentos, elevando os preços.
As empresas enfrentaram restrições de fornecimento enquanto lutavam para retornar ao ritmo de trabalho pré-Covid.
Mais lidas
Após prejuízo de R$ 14 bi, TCU abre auditoria sobre a gestão da Previ, fundo de pensão do BB
Lucro do Itaú atinge R$ 10,9 bilhões no quarto trimestre de 2024
CEO da Ford nos EUA pede análise 'abrangente' de tarifas para todos os países
Prazo máximo de pagamento do empréstimo consignado aumenta para 96 meses
Super Bowl: marcas pagam até US$8 milhões por 30 segundos de publicidade no evento mais assistido do ano