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Publicado 20/11/2024 • 09:08
KEY POINTS
O presidente da China, Xi Jinping, recebe honras militares ao lado do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e sua esposa, Rosangela "Janja" da Silva, no Palácio do Planalto.
Foto: EVARISTO SA / AFP
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe o presidente da República Popular da China, Xi Jinping, em Brasília, para uma visita de Estado nesta quarta-feira (20). O encontro ocorre após a Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro.
Na capital federal, os mandatários vão explorar sinergias entre políticas e programas de investimento e desenvolvimento dos dois países, bem como estreitar relações bilaterais e coordenação sobre tópicos regionais e multilaterais, segundo o Ministério das Relações Exteriores.
“Nessa visita, haverá a confirmação da elevação do patamar político internacional e a consolidação da confiança política mútua e de convergência entre os dois países sobre um leque variado de assuntos”, explicou o embaixador Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, em conversa com jornalistas na última quarta-feira (13).
As assinaturas serão para aberturas de mercado da China para sorgo, uvas frescas, gergelim e farinha de peixe – usado para ração animal. Negociações para miúdos suínos, bovinos e DDG (fabricação de etanol a partir do milho) também estão em discussão, mas devem ser deixados para um segundo momento.
Em um intervalo de 20 anos, a corrente do comércio bilateral entre o Brasil e a China passou de US$ 6,6 bilhões em 2003 para US$ 157,5 bilhões, resultado obtido em 2023, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Dados deste ano indicam que o comércio chegou a US$ 136,35 bilhões até outubro.
Ainda no ano passado, os embarques brasileiros para a China superaram em três vezes o que foi enviado para os Estados Unidos – a China é a maior parceira comercial do Brasil, enquanto os EUA ficam em segundo lugar.
Desde 2009, a China já havia superado os Estados Unidos em vendas externas do Brasil, e, no ano passado, respondeu por 31% do total exportado e por 23% das importações.
Tudo indica que esse volume irá crescer ainda mais, sobretudo se as tarifas adicionais de 60% ou mais sobre as todas as importações chinesas, alardeadas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de fato forem colocadas em prática em seu novo governo, segundo análise do economista Paulo Feldmann, coordenador de projetos e professor da FIA Business School.
Segundo ele explica, essa relação se intensificou justamente nas últimas duas décadas, com o rápido desenvolvimento da China. Um dos focos do país asiático era a eliminação da pobreza e isso demandou mais alimentos. Já o Brasil historicamente foi importador de produtos manufaturados, ainda mais nos últimos anos.
Entre os cinco produtos mais exportados pelo Brasil para a China a soja ficou em primeiro nos últimos cinco anos, segundo dados do Ministério. Já o item que o Brasil mais importou da China no mesmo período foram semicondutores. Veja a seguir a lista com os produtos mais exportados e importados entre os dois países nos últimos cinco anos.
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