Banco Central da Coreia do Sul mantém juros e alerta para desaceleração econômica
Publicado 17/04/2025 • 08:07 | Atualizado há 3 dias
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Publicado 17/04/2025 • 08:07 | Atualizado há 3 dias
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Banco Central da Coreia do Sul.
O Banco Central da Coreia do Sul (BoK, na sigla em inglês) decidiu nesta quinta-feira (17) manter a taxa básica de juros em 2,75%, em linha com as expectativas do mercado. A decisão busca conter a volatilidade da moeda local, o won, em meio a um cenário de crescente incerteza econômica.
Segundo comunicado divulgado após a reunião de política monetária, a autoridade monetária indicou que a manutenção dos juros permitirá uma avaliação mais precisa das condições internas e externas, marcadas por incertezas em torno de tarifas dos Estados Unidos e da implementação de medidas de estímulo fiscal pelo governo sul-coreano.
No início da semana, o governo anunciou um orçamento suplementar de 12 trilhões de won (cerca de US$ 8,45 bilhões), com destaque para o apoio à indústria de semicondutores, setor considerado estratégico para a economia nacional.
O banco também demonstrou preocupação com a volatilidade cambial e com o risco de novo aumento do endividamento das famílias em um cenário de juros mais baixos. O won sofreu fortes oscilações recentemente, após declarações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. A moeda se valorizou no início de abril, mas voltou a cair de forma expressiva nos dias seguintes, atingindo níveis não vistos desde 2008, antes de ensaiar nova recuperação.
Em seu comunicado, o BoK reconheceu que o crescimento doméstico tem sido mais fraco do que o previsto, com queda tanto na demanda interna quanto nas exportações, afetadas por incertezas políticas e deterioração nas condições de comércio internacional. A expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 fique abaixo da previsão de 1,5% feita em fevereiro.
A autoridade monetária reforçou que continuará adotando uma postura acomodatícia, com possibilidade de novos cortes na taxa básica, dependendo da evolução do cenário doméstico e internacional.
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A decisão ocorre em um momento delicado para a Coreia do Sul, que enfrenta tarifas impostas pelos Estados Unidos e se prepara para uma eleição presidencial antecipada, marcada para 3 de junho. O pleito foi convocado após o afastamento do presidente Yoon Suk-yeol, destituído em 4 de abril por conta da declaração de estado de lei marcial em dezembro do ano passado.
Na última terça-feira (15), o ministro das Finanças, Choi Sang-mok, afirmou ao parlamento que o país tentará adiar ao máximo a implementação das tarifas em negociações com os Estados Unidos, a fim de reduzir a incerteza para as empresas sul-coreanas no mercado internacional.
As tarifas americanas incluem sobretaxas de 25% sobre automóveis, aço e alumínio. As montadoras Hyundai e Kia estão entre as oito marcas mais vendidas nos EUA, e a Coreia do Sul é o quarto maior exportador de aço para o país.
As tarifas foram anunciadas como “recíprocas” por Trump, mas atualmente estão suspensas por 90 dias, com exceção de uma alíquota-base de 10%.
Após o anúncio do BoK, o índice Kospi subiu 0,56%, enquanto o won recuou 0,58%, cotado a 1.422 por dólar.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.