A Mevo, empresa brasileira de tecnologia na área de saúde, anunciou a aquisição da Receita Digital, startup especializada em prescrição eletrônica. A medida, segundo a empresa, faz parte da estratégia para expandir sua atuação no mercado e aumentar a base de profissionais prescritores. O valor não foi divulgado.
Para o CEO da Mevo, Pedro Dias, a aquisição marca um avanço na digitalização da saúde. “Essa operação é um passo importante para eliminar documentos em papel no setor e aproximar ainda mais prescritores e pacientes, garantindo que mais profissionais de saúde tenham acesso a ferramentas adequadas para melhorar o cuidado aos pacientes”, disse.
A Mevo já é a plataforma de prescrição digital adotada por mais de 700 instituições de saúde no Brasil, incluindo 13 dos 15 principais hospitais do país, segundo o ranking da Newsweek. Entre as instituições que utilizam a plataforma estão o Hospital Sírio-Libanês, a Rede D’Or, o Moinhos de Vento e o HCor (Hospital do Coração).
A plataforma oferece a emissão simultânea de múltiplos documentos de saúde, criação de modelos e protocolos personalizados, além de integrar bancos de dados com medicamentos e exames, e ferramentas de suporte à decisão clínica. O aplicativo da empresa, disponível para Android e iOS, também permite a prescrição segura, com alertas de alergia e interação medicamentosa.
Para os pacientes, a Mevo facilita o processo de recebimento de receitas por meio de envio gratuito via WhatsApp e permite a compra de medicamentos pelo seu marketplace, com entrega em até uma hora.
Segundo Ihvi Aidukaitis, fundador da Receita Digital, o objetivo é ampliar o acesso à prescrição digital, tanto para médicos quanto para pacientes. “Nos últimos 8 anos, o objetivo da Receita Digital foi facilitar o acesso e a continuidade do tratamento. A parceria com a Mevo nos permite avançar nesse objetivo, oferecendo uma solução mais robusta e integrada”, disse.
A aquisição é parte de uma estratégia de crescimento da Mevo, que vem sendo reforçada desde 2024, quando a empresa obteve a maior captação série B do ano no setor de healthtechs, com um investimento de R$ 140 milhões. A rodada contou com a participação de investidores como Matrix, Prosus Ventures, Jefferson River Capital e Floating Point.
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