Rússia e Ucrânia se acusam de violar trégua de Páscoa
Publicado 20/04/2025 • 08:39 | Atualizado há 5 horas
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Publicado 20/04/2025 • 08:39 | Atualizado há 5 horas
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BEN CURTIS/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO | Wikimedia
Rússia e Ucrânia se acusaram neste domingo (20) de violar a trégua de Páscoa anunciada pelo presidente russo, Vladimir Putin. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que as forças russas continuaram com os bombardeios e ataques ao longo da linha de frente, apesar do anúncio surpresa da trégua feito por Putin.
A trégua de 30 horas, que começou na noite de sábado para marcar o feriado religioso, seria a pausa mais significativa nos combates desde o início do conflito, há três anos. Mas Zelensky acusou a Rússia de manter os ataques após o início da trégua.
Por sua vez, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter “repelido” tentativas de ofensiva por parte da Ucrânia e acusou Kiev de lançar drones e projéteis, provocando vítimas civis.
Zelensky disse neste domingo, citando o comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Syrsky, que “houve aumento no bombardeio russo e no uso de drones kamikaze desde manhã.”
Mais cedo, o presidente ucraniano afirmou que nas primeiras seis horas do cessar-fogo houve “387 bombardeios e 19 ataques por forças russas”, com drones sendo “utilizados pelos russos 290 vezes”.
Ainda assim, na manhã de domingo, a força aérea da Ucrânia não havia relatado ataques com drones ou mísseis.
Jornalistas da AFP ouviram explosões no domingo pela manhã a cerca de 12 quilômetros (7 milhas) da linha de frente, no leste da Ucrânia.
A Ucrânia responderá “simetricamente” a qualquer ataque, afirmou Zelensky, acusando a Rússia de “tentar criar a impressão geral de um cessar-fogo”, enquanto continua com ataques isolados.
O Ministério da Defesa da Rússia declarou que “apesar do anúncio da trégua de Páscoa, unidades ucranianas tentaram atacar nossas posições durante a noite” na região de Donetsk, mas que essas ofensivas “foram repelidas”.
Durante a madrugada, segundo os russos, a Ucrânia “bombardeou 444 vezes as posições de nossas tropas e realizou 900 ataques com drones”.
Esses ataques teriam deixado civis “mortos e feridos”, afirmou o ministério, sem fornecer detalhes. A pasta insistiu que suas tropas “respeitaram estritamente o cessar-fogo e permaneceram nas linhas de frente e posições previamente ocupadas”.
A ordem de Putin para suspender os combates durante o fim de semana da Páscoa veio após meses de esforços do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que Moscou e Kiev concordassem com um cessar-fogo.
Na sexta-feira, Washington chegou a ameaçar se retirar das negociações caso não houvesse progresso.
Putin anunciou a trégua em pronunciamento televisionado, válida das 18h (15h GMT) de sábado até a meia-noite de domingo, dizendo que a decisão foi motivada por “razões humanitárias”.
Embora esperasse que a Ucrânia cumprisse o acordo, Putin afirmou que as tropas russas “devem estar prontas para resistir a possíveis violações da trégua e provocações do inimigo”.
Zelensky disse que a Ucrânia também respeitaria a trégua e propôs estendê-la além de domingo. “A Rússia deve cumprir integralmente as condições do cessar-fogo. A proposta da Ucrânia de implementar e prorrogar o cessar-fogo por mais 30 dias após a meia-noite de hoje continua válida”, publicou Zelensky neste domingo.
Mais cedo, ele havia sugerido que “30 dias poderiam dar uma chance à paz” — ao mesmo tempo em que destacou que Putin já havia rejeitado a proposta de um cessar-fogo completo e incondicional por 30 dias.
A Rússia iniciou sua invasão em grande escala da vizinha Ucrânia em fevereiro de 2022. Tentativas anteriores de estabelecer tréguas durante a Páscoa, em abril de 2022, e no Natal ortodoxo, em janeiro de 2023, não foram adiante, já que as partes não chegaram a um acordo.
Em Kiev, neste domingo, enquanto os sinos da Páscoa tocavam, moradores demonstraram ceticismo quanto à possibilidade de a Rússia cumprir a trégua, embora tenham apoiado a proposta de Zelensky de estendê-la.
“Eles já quebraram a promessa. Infelizmente, não dá para confiar na Rússia hoje”, disse Olga Grachova, 38 anos, que trabalha com marketing.
“Nosso presidente foi claro: se eles anunciarem um cessar-fogo de 30 horas, nós anunciaremos um de 30 dias. Então que eles aceitem… para que essa guerra horrível acabe, para que nosso povo, nossos soldados e nossas crianças parem de morrer”, declarou Sergiy Klochko, 30, trabalhador ferroviário.
Já Natalia, médica de 41 anos, disse sobre a proposta de trégua de 30 dias: “Tudo o que oferecemos, infelizmente, permanece apenas como ofertas. Ninguém responde a elas.”
Nas ruas de Moscou, Yevgeny Pavlov, de 58 anos, opinou que a Rússia não deveria dar nenhum fôlego à Ucrânia. “Não há por que dar trégua. Se estamos pressionando, temos que ir até o fim”, disse ele à AFP.
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