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‘O preço do Bitcoin não muda sua essência como reserva de valor’, diz executivo da Bybit

Publicado 05/05/2025 • 08:55 | Atualizado há 3 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • Segundo ele, mesmo com quedas expressivas no preço, o ativo mantém características que sustentam essa tese no longo prazo.
  • Entre os pontos positivos, destacou o avanço de uma postura regulatória mais favorável ao setor de criptoativos e o restabelecimento do Bitcoin como um ativo estratégico em portfólios.
  • Por outro lado, afirmou que ainda há desafios. "Percebemos conflitos de interesse e a ausência de detalhes mais específicos sobre o quadro regulatório. Isso acaba gerando incerteza no mercado", explicou.

Em entrevista exclusiva ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, nesta segunda-feira (15), Israel Buzaym, country manager da Bybit, analisou o comportamento das criptomoedas no mercado atual e discutiu o papel do Bitcoin como possível reserva de valor, mesmo diante da sua conhecida volatilidade.

Apesar de o Bitcoin ser conhecido por sua alta volatilidade, Israel Buzaym acredita que a criptomoeda vem se consolidando como uma promissora reserva de valor.

Segundo ele, mesmo com quedas expressivas no preço, o ativo mantém características que sustentam essa tese no longo prazo.

“O começo do ano foi uma estrada esburacada”, avaliou. Ele lembrou que, nos primeiros 100 dias de 2025, o Bitcoin caiu de cerca de US$ 100 mil para US$ 75 mil, o que representa uma queda significativa. “É raro o mercado ver uma correção tão acentuada, mas mesmo assim, nesta última semana, conseguimos observar uma recuperação: o Bitcoin voltou à faixa dos US$ 97 mil”, disse.

Para Buzaym, o movimento de queda e posterior recuperação foi impulsionado por uma combinação de fatores positivos e negativos.

Entre os pontos positivos, destacou-se o avanço de uma postura regulatória mais favorável ao setor de criptoativos e o restabelecimento do Bitcoin como um ativo estratégico em portfólios.

Ele também citou a recente iniciativa de Donald Trump, que criou uma força-tarefa visando fomentar um ambiente regulatório mais claro e favorável à inovação no setor de criptomoedas.

Por outro lado, afirmou que ainda há desafios. “Percebemos conflitos de interesse e a ausência de detalhes mais específicos sobre o quadro regulatório. Isso acaba gerando incerteza no mercado”, explicou.

No entanto, reforçou que, independentemente das flutuações de preço, o Bitcoin continua sendo uma boa reserva de valor.

Ao ser questionado sobre se a crise atual poderia fortalecer essa percepção, Buzaym apontou sinais de maturação do mercado.

“Quando olhamos para o volume de capital entrando nos ETFs dos Estados Unidos, percebemos uma movimentação relevante. Trata-se do maior mercado financeiro do mundo, e o interesse crescente nos ETFs de Bitcoin mostra uma confiança estrutural no ativo”, afirmou.

Ele também comentou que, apesar da especulação no mercado, a queda nos preços pode representar uma oportunidade.

“Muitas vezes, as grandes baleias aproveitam essas oscilações. Nós, pequenos investidores que ele chamou de ‘sardinhas’, poderíamos aproveitar esses momentos para entrar”, disse.

Buzaym concluiu afirmando que o preço momentâneo não altera a essência do Bitcoin.

“É um ativo escasso e naturalmente volátil, mas quem tem uma visão de longo prazo tende a se beneficiar. Todos que compraram Bitcoin e seguraram por cinco anos, até agora, tiveram ou estão tendo lucro”, afirmou.

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