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Tarifas podem gerar choque negativo de oferta, se continuarem elevadas, diz diretora do Fed
Publicado 12/05/2025 • 14:39 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 12/05/2025 • 14:39 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Em 25 de março de 2025, a diretora Kugler fez comentários sobre o cenário econômico e o empreendedorismo na Câmara de Comércio Hispânica dos Estados Unidos.
Federal Reserve / Flickr
A diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) Adriana Kugler afirmou nesta segunda-feira (12), que as novas tarifas comerciais devem atuar como um “choque negativo de oferta”, elevando preços e reduzindo a atividade econômica, caso se mantenham em níveis elevados. Ela ainda ressaltou, em meio às tensões entre o BC norte-americano e a Casa Branca, que o Fed “opera de forma independente do governo eleito em Washington”, mas monitora os efeitos das políticas federais em vigor.
“A incerteza ainda é grande quanto ao nível final das tarifas médias”, disse em discurso no Banco Central da Irlanda, acrescentando que, “com o tempo, pode haver efeitos relevantes sobre a produtividade” devido a investimentos menores e realocação menos eficiente de recursos.
Kugler observou que empresas já sinalizam repasses de custos, com pesquisas regionais do Fed indicando que a maioria pretende transferir os aumentos aos consumidores em até três meses. Isso, somado à alta nas expectativas de inflação de curto prazo, preocupa o banco central.
Na visão dela, fatores domésticos são mais responsáveis pela incerteza econômica norte-americana e pela pressão sobre a inflação do que “desdobramentos internacionais”, considerando o crescimento moderado e a queda na inflação em economias desenvolvidas.
Kugler também afirmou que a redução das tarifas entre Estados Unidos e China é, “obviamente, uma melhoria no que diz respeito ao comércio entre os países”. No entanto, a autoridade considera que o nível tarifário “continua bastante alto”.
“Ainda espero um aumento nos preços e uma desaceleração da economia, embora não no mesmo ritmo de antes”, acrescentou Kugler.
A diretora destacou que as políticas comerciais em desenvolvimento do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, terão um “impacto significativo” sobre as economias do país e global “no futuro próximo”.
Ela ressaltou que a incerteza em torno das tarifas do republicano já produziu efeitos na economia por meio de “antecipação de compras, do sentimento e das expectativas”. Ainda observou que um “progresso adicional na desinflação tem sido lento”.
Adriana Kugler observou que, embora os “dados mais recentes apontem para uma economia resiliente”, há sinais de desaceleração. “Espero que o crescimento seja mais lento neste ano do que no ano passado”, afirmou.
A dirigente alerta que “vários indicadores sugerem sinais de queda da atividade econômica no futuro”, incluindo deterioração na demanda por serviços e menor confiança de empresas e consumidores.
No entanto, o PIB do primeiro trimestre, que recuou 0,3%, pode ter “exagerado” a fraqueza devido a distorções como o aumento de 41,3% nas importações antes da imposição de tarifas, segundo ela.
Apesar dos riscos, Kugler destacou que as “condições do mercado de trabalho parecem estar, em grande parte, estáveis”, com criação de empregos alinhada à média recente e desemprego em 4,2%. No entanto, ela monitora indicadores como a queda na taxa de vagas e o aumento de menções a demissões no Livro Bege do Fed.
Quanto à inflação, a autoridade destacou que o “progresso na desinflação desacelerou desde o último verão”, com o núcleo do PCE em 2,6% em março, acima da meta de 2%. “A inflação de bens voltou a ser positiva neste ano, e serviços não habitacionais permanecem elevados”, disse, sinalizando desafios persistentes.
Kugler reforçou a necessidade de acompanhar as mudanças nas políticas econômicas globais, que podem moldar o cenário futuro.
Sobre a política monetária, Kugler afirmou: “Ainda vejo nossa política como um pouco restritiva” e “nossa posição atual está bem calibrada” para os desafios à frente.
A diretora reforçou sua posição em manter a taxa básica entre 4,25% e 4,50%, da última reunião, buscando equilibrar o controle inflacionário com a sustentação do emprego.
A autoridade reforçou que seguirá “monitorando os efeitos diretos das políticas do governo sobre a economia”, incluindo impactos na produtividade e nas decisões de investimentos.
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