Durante a Brazilian Week 2025, realizada em Nova York, autoridades brasileiras e representantes do setor privado destacaram o potencial do Brasil como destino estratégico de investimentos, com foco nos setores de tecnologia, economia circular e infraestrutura.
O evento, que acontece de 12 a 15 de maio, reúne lideranças como o secretário de Articulação Internacional de Santa Catarina, Paulo Bornhausen, e o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, além de executivos de destaque, como Luiz Paulo Barreto, diretor institucional da Paper Excellence; Wander Alves, presidente da Harsco Environmental na América Latina; e Wagner Lopes, country manager do South Summit Brazil.
Para Bornhausen, o estado de Santa Catarina vive um “alvorecer” de oportunidades em áreas como biotecnologia e cibersegurança. Segundo ele, 7,5% do PIB catarinense já está voltado ao setor de tecnologia, com crescimento acelerado.
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“É uma grande oportunidade que não poderia ser perdida. Queremos trazer investidores internacionais como parceiros de Santa Catarina”, disse Bornhausen, em entrevista ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC.
Além de tecnologia, o secretário destacou o avanço do turismo, a valorização do mercado imobiliário e o protagonismo logístico do estado. “Santa Catarina é um grande porto de entrada e saída do Brasil, com várias opções portuárias. Também lideramos no real estate e estamos em destaque na tecnologia, principalmente em deep tech”, disse.
Luiz Paulo Barreto, diretor institucional da Paper Excellence, ressaltou a importância de o Brasil reforçar sua imagem internacionalmente e atrair mais investidores.
“O Brasil é sempre muito benquisto, com boa imagem no exterior. É hora de mostrar que o empresariado estrangeiro pode investir no país e, a partir dele, expandir para outros mercados”, disse.
No entanto, Barreto alertou para a necessidade de garantir segurança jurídica para os investidores. “Eles pedem muito para que os contratos sejam cumpridos, que o Judiciário seja mais ágil. Afinal, quando se investe bilhões, espera-se um ambiente seguro e previsível”, destacou.
Já o presidente da Harsco Environmental na América Latina, Wander Alves, pontuou que o Brasil é um destino seguro para investimentos e defendeu uma evolução regulatória alinhada ao desenvolvimento sustentável. “A regulação precisa evoluir para incentivar a indústria de economia circular e verde no Brasil”, afirmou.
O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, complementou Alves dizendo que o estado firmou acordo com a matriz da Harsco na Filadélfia para ampliar os investimentos. A empresa começará a produzir asfalto siderúrgico (o steelphalt) a partir de resíduos.
“É um investimento de mais de R$ 100 milhões no Vale do Aço. Queremos garantir a redução de emissões e o aproveitamento total de resíduos”, disse Simões. Ele também destacou a importância da presença brasileira em eventos internacionais: “O Brasil é um país excepcional. Estar aqui é uma forma de garantir que todas as oportunidades sejam capturadas por nós brasileiros”.
Por fim, Wagner Lopes, country manager do South Summit Brazil, chamou atenção para o cenário global incerto, que afeta decisões de investimento. “Tanto nos EUA quanto no Brasil, existe uma grande incerteza sobre os próximos movimentos dos governos. Isso é muito relevante para os investidores”, disse.
Lopes acrescentou, no entanto, que setores como inteligência artificial e data centers seguem despertando o interesse do capital estrangeiro.
“Recentemente, o Rio Grande do Sul recebeu um investimento de R$ 3 bilhões em data center. O mercado de inovação está no radar do investidor americano”, afirmou, ressaltando que o momento exige cautela, mas há expectativa de destravamento dos aportes nas próximas semanas.
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