O que fez a Bolsa decolar em 2025 e bater o recorde?
Publicado 14/05/2025 • 10:40 | Atualizado há 2 dias
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Publicado 14/05/2025 • 10:40 | Atualizado há 2 dias
B3.
Divulgação B3.
O Ibovespa B3, principal indicador de desempenho da Bolsa de Valores brasileira, registrou 138.963 pontos no fechamento do mercado de terça-feira (13). O índice nunca havia terminado o dia com uma pontuação tão elevada. O recorde anterior era do dia 28 de agosto do ano passado, quando atingiu 137.496 pontos.
Mas, afinal, o que fez o índice atingir o pico em meio a guerra comercial que assola o mundo? Ainda mais com uma taxa Selic tão elevada — e que teoricamente deveria afastar os investidores da renda variável e atraí-los como abelhas para a colmeia dos títulos de renda fixa.
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Há algumas razões que explicam. Mas o certo é que o Brasil vive uma “tempestade perfeita”. Queda do dólar, aumento do fluxo de capital estrangeiro, recuperação massiva da bolsa americana, perspectivas mais otimistas para o controle da inflação e bons resultados financeiros em empresas de diferentes setores que estão listadas.
A moeda americana recuou 56 centavos desde o começo do ano. O dólar terminou o primeiro pregão de 2025 sendo negociado por R$ 6,16. A dívida americana ganhou força ao fim de 2024 após o anúncio do ministro Fernando Haddad em relação ao pacote fiscal.
O problema, naquela época, não foi o pacote fiscal — que era amplamente aguardado. Há quem diga que o corte poderia ter sido mais profundo e que a economia poderia ser maior. O que não agradou o mercado foi que o anúncio veio combinado com a menção com mudanças na cobrança do imposto de renda — com isenção aos mais pobres.
Desde então, porém, a moeda americana arrefeceu. O dólar acumula queda 9% desde o começo do ano e já opera próximo ao patamar do primeiro semestre do ano passado. Essa desvalorização é positiva para ações de empresas que tem custos dolarizados. Isso inclui, por exemplo, companhias aéreas e varejistas.
O cenário melhora. Nos três primeiros meses do ano, o investimento estrangeiro direto no Brasil somou US$ 25,4 bilhões, alta de 7,1% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Considerando apenas o mês de março, a injeção estrangeira de US$ 9,6 bilhões foi a maior já registrada em 12 anos.
Com mais capital estrangeiro, a pressão sobre os juros e a inflação é reduzida. Há favorecimento, então, de setores que são mais sensíveis ao câmbio (como os já citados acima) e ao crédito. O setor automotivo e o de construção civil ganham novos impulsos.
Em relatório, o Bradesco BBI chegou a afirmar que os investidores estrangeiros não querem perder o "rali" da bolsa brasileira.
Ainda que seja motivo para comemoração, os números merecem ser vistos mais de perto. É necessário entender que a máxima nominal ainda é bem inferior à máxima “verdadeira”, por assim dizer. Quando calculada a inflação, o índice da brasileira ainda está 27,6% menor do que o pico registrado em 20 de maio de 2008.
Há dezessete anos, o Ibovespa atingiu a máxima de 73 mil pontos. Considerando o impacto inflacionário, esse número estaria próximo de 191.858 pontos. Os cálculos são da Elos Ayta, uma consultoria especializada no mercado financeiro. Na comparação do índice sob o dólar, a diferença é de 44,6% ante o recorde de 2008.
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