Allianz registra lucro operacional trimestral recorde e diz que tensões geopolíticas são ‘catalisadores’ para o crescimento da empresa
A gigante alemã de seguros, Allianz, disse na quinta-feira (15) que atingiu lucro operacional recorde no primeiro trimestre do ano, citando forte desempenho em sua divisão de vida/saúde e um modelo de negócios resiliente.
O lucro operacional aumentou 6,3% em relação ao ano anterior, para 4,2 bilhões de euros (US$ 4,7 bilhões), atingindo 26% do ponto médio da previsão anual da empresa. A empresa confirmou sua projeção de lucro operacional anual de 16 bilhões de euros, mais ou menos 1 bilhão de euros.
“O desempenho da Allianz no primeiro trimestre e nossa perspectiva confirmada ressaltam nossa solidez financeira e modelo de negócios resiliente, que se beneficia da atratividade de nossas propostas de valor ao cliente em meio à incerteza geopolítica e econômica”, disse o CEO Oliver Bate em um comunicado junto com os resultados.
“Na verdade, vemos essa incerteza e mudança como um catalisador para inovação e crescimento, permitindo-nos buscar novas oportunidades e expandir nossas ofertas.”
— Chloe Taylor
Lucros da Thyssenkrupp decepcionam mercados: Citi
No Citi, analistas estão analisando o relatório de lucros da Thyssenkrupp.
“Os resultados do segundo trimestre do ano fiscal de 2025… ficaram abaixo das expectativas, com o EBIT ajustado em € 19 milhões, abaixo dos € 191 milhões do último trimestre, abaixo das estimativas de consenso do VA em € 151 milhões (Citi em € 172 milhões)”, disse Ephrem Ravi, diretor administrativo do banco de investimento, em nota aos clientes.
Na manhã de quinta-feira, a Thyssenkrupp relatou uma queda de 6% nos pedidos em seu segundo trimestre fiscal em relação ao ano anterior, enquanto as vendas caíram 5% em relação ao ano anterior.
O EBIT ajustado caiu 90% em relação ao ano anterior, para 19 milhões de euros (US$ 21,3 milhões).
A empresa confirmou sua previsão para o ano inteiro, mas disse que estava lidando com incertezas macroeconômicas e condições de mercado “desafiadoras”.
— Chloe Taylor
Autoridade da UE diz que negociações com o Reino Unido encontraram “obstáculos”
As negociações para melhorar as relações entre a UE e o Reino Unido encontraram dois grandes obstáculos, disse uma autoridade da UE a Silvia Amaro, da CNBC.
“As negociações estão progredindo a um ritmo muito lento”, disse o funcionário ao meu colega. A mobilidade dos jovens e a pesca são os dois maiores obstáculos nesta fase.
“O Reino Unido está relutante em concordar com qualquer linguagem sobre mobilidade juvenil”, acrescentou a autoridade.
Na quarta-feira, o secretário de Defesa do Reino Unido afirmou que as negociações com a UE estão em seu momento mais difícil. A mesma autoridade da UE disse a Silvia Amaro, da CNBC, que “esta é uma avaliação justa” da situação.
— Ganesh Rao
Ministro das Relações Exteriores da Alemanha apoia meta de Trump de gastar 5% do PIB em defesa
Na quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores alemão, Johann Wadephul, apoiou os apelos do presidente dos EUA, Donald Trump, para que os membros da OTAN gastem 5% de seu produto interno bruto em defesa.
Falando à margem de uma reunião de ministros das Relações Exteriores da OTAN na Turquia, Wadephul disse que a Alemanha estava seguindo a proposta de Trump a esse respeito.
Até o momento, a meta de gastos com defesa tem sido de 2% do PIB para os membros da OTAN, meta que muitos não têm cumprido consistentemente. Trump há muito tempo pressiona os membros da aliança para que aumentem seus gastos militares e de segurança.
No início deste ano, a Alemanha fez mudanças em regras de dívida de longa data para permitir maiores gastos com defesa.
Fabricante de armas, Rheinmetall liderou o índice alemão DAX, tendo subido cerca de 4,4%.
— Sophie Kiderlin
Bolsas europeias abrem em território negativo
As ações europeias abriram firmemente em território negativo, enquanto os investidores assimilam as atualizações de lucros de diversas empresas em todo o continente.
O Stoxx Europa 600 e o CAC 40 da França foram menores em 0,4%, enquanto o FTSE 100 do Reino Unido e o DAX da Alemanha estavam no vermelho em 0,5% às 8h25 em Londres.
Em outras partes do mercado de câmbio, a libra esterlina se fortaleceu em 0,2% após dados do produto interno bruto do Reino Unido melhores do que o esperado para o primeiro trimestre.
— Ganesh Rao
Ações da Thyssenkrupp despencam 8% após queda nas vendas no primeiro semestre fiscal
As ações da gigante industrial alemã Thyssenkrupp caíram 8% logo após a abertura do pregão de quinta-feira, levando a empresa para o fundo do índice regional Stoxx 600.
Isso ocorreu depois que a empresa reportou uma queda de 5% nas vendas em relação ao ano anterior no primeiro semestre fiscal, com o total de vendas caindo para 16,4 bilhões de euros (US$ 18,4 bilhões). A empresa citou mercados fracos e incerteza macroeconômica.
A Thyssenkrupp disse que também viu uma queda anual na entrada de pedidos no segundo trimestre devido às condições de mercado.
— Chloe Taylor
Aproveite o momento Reino Unido: Economistas não acreditam que o crescimento robusto veio para ficar
O desempenho econômico robusto e melhor que o esperado do Reino Unido será comemorado pela liderança do país em Downing Street, mas economistas dizem para aproveitar o momento enquanto ele dura, pois o crescimento provavelmente diminuirá no final deste ano.
Aqui está um resumo do que os economistas estão dizendo:
É encorajador ver a economia do Reino Unido iniciar 2025 com uma base de crescimento sólida. Mas o crescimento nos anos desde a pandemia seguiu um padrão comum de inícios fortes que depois fracassam… De qualquer forma, o crescimento do Reino Unido parece destinado a moderar-se ainda este ano. Embora um acordo comercial entre o Reino Unido e os EUA leve os EUA a reduzir tarifas sobre alguns produtos, o Reino Unido, como uma economia altamente aberta, ainda sofrerá com qualquer desaceleração global. Isso pressionará ainda mais as finanças públicas.
— George Brown, economista sênior da Schroders
Economistas também sugerem que o aumento do PIB se deve a influências temporárias de tarifas e impostos, não há melhores fundamentos.
“É improvável que o aumento expressivo de 0,7% do PIB no primeiro trimestre (consenso e BoE +0,6%, CE 0,5%) se repita, visto que grande parte se deve à antecipação das atividades em relação às tarifas americanas e ao aumento dos impostos sobre empresas nacionais. Isso pode ser o melhor resultado possível para o ano.”
— Paul Dales, economista-chefe do Reino Unido na Capital Economics
Os números do PIB do Reino Unido trazem algum alívio à chanceler Rachel Reeves
O crescimento econômico melhor que o esperado do Reino Unido, de 0,7% no primeiro trimestre (comparado ao quarto trimestre, que teve uma expansão fraca de 0,1%) será um alívio para a chanceler britânica Rachel Reeves.
“Os números de crescimento de hoje demonstram a força e o potencial da economia do Reino Unido”, disse ela em comentários por e-mail. “Nos primeiros três meses do ano, a economia do Reino Unido cresceu mais rápido do que a dos EUA, Canadá, França, Itália e Alemanha”, acrescentou.
Reeves e o governo trabalhista têm estado sob pressão para retomar o crescimento após vários meses de desempenho econômico fraco. Reeves está aproveitando ao máximo um raro dado positivo desta manhã, comentando:
“Diante de um cenário de incerteza global, estamos fazendo as escolhas certas agora, em nome do interesse nacional. Desde a eleição, já tivemos quatro cortes nas taxas de juros, assinamos dois acordos comerciais, salvamos a British Steel e aumentamos o salário de milhões de pessoas com o aumento do salário mínimo”, disse Reeves.
— Holly Ellyatt
Analisando os últimos números de crescimento do Reino Unido
Steve Sedgwick, Karen Tso e Juliana Tatelbaum, da CNBC, resumem os últimos números do PIB do Reino Unido, bem como comentários recentes de formuladores de políticas do Banco da Inglaterra sobre o estado da economia do país.
— Katrina Bishop
Siemens reitera perspectiva apesar da “crescente incerteza no ambiente econômico”
Empresa de tecnologia industrial Siemens AG manteve sua perspectiva financeira para o ano inalterada, apesar da “crescente incerteza no ambiente econômico”, ao divulgar seus resultados do segundo trimestre.
A empresa reportou vendas totais de 19,8 bilhões de euros (US$ 22,19 bilhões), superando as expectativas dos analistas de 19,2 bilhões de euros. A Siemens também arrecadou 2,4 bilhões de euros em lucro líquido, superando a previsão de 1,85 bilhão de euros.
“Relatório amplamente alinhado, com um guia [para o ano fiscal] inalterado e, no geral, sem grandes mudanças na história das ações — mesmo com algumas mudanças”, disse Mark Fielding, analista da RBC Capital Markets, em nota aos clientes. “Observamos que a recente alta do preço das ações pode criar algum risco de queda no curto prazo.”
As ações da Siemens AG subiram 19% até agora neste ano.
— Ganesh Rao
Merck da Alemanha reduz perspectiva para o ano inteiro devido à incerteza macroeconômica e tarifária
Empresa farmacêutica alemã Merck KGaA cortou sua previsão para o ano inteiro na quinta-feira em meio à incerteza macroeconômica e geopolítica e aos ventos contrários do câmbio.
A empresa prevê lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA), ajustados para itens extraordinários, de cerca de 5,8 bilhões de euros (US$ 6,5 bilhões) a 6,4 bilhões em 2025. Isso está abaixo da previsão de 6,1 bilhões de euros a 6,6 bilhões de euros em fevereiro.
“Considerando o desenvolvimento altamente dinâmico em curso de condições macroeconômicas, geopolíticas e específicas do setor, por exemplo, devido a decisões da administração dos EUA, a previsão está sujeita a um alto grau de incerteza e volatilidade no ano fiscal de 2025”, escreveu a empresa em um comunicado.
Em particular, disse que a incerteza está centrada na “volatilidade e nos efeitos da política tarifária dos EUA” e em potenciais contramedidas, acrescentando que a empresa está “observando cuidadosamente os desenvolvimentos correspondentes e avaliando potenciais cenários e contramedidas”.
— Karen Gilchrist
Economia do Reino Unido cresce 0,7% no primeiro trimestre, mas recuperação deve durar pouco
A economia do Reino Unido cresceu 0,7% no primeiro trimestre de 2025, de acordo com uma estimativa preliminar do Escritório de Estatísticas Nacionais do Reino Unido, divulgada na quinta-feira.
Economistas consultados pela Reuters esperavam que o produto interno bruto (PIB) do país crescesse 0,6% no período, acima dos 0,1% e zero crescimento no quarto e terceiro trimestres, respectivamente.
O ONS disse que o crescimento do primeiro trimestre “foi impulsionado por um aumento de 0,7% no setor de serviços, a produção também cresceu, 1,1%, enquanto o setor de construção não mostrou crescimento”.
O economista do Deutsche Bank, Sanjay Raja, disse esta semana que qualquer aumento no primeiro trimestre provavelmente durará pouco.
“Ao que tudo indica, um final de 2024 surpreendentemente mais forte, combinado com alguma força nos gastos domésticos e a antecipação do comércio antes do Dia da Libertação, terá levado a um salto maior no início do ano”, disse ele em nota de pesquisa. O Deutsche Bank acredita, no entanto, que “os riscos estão mais distorcidos para cima”.
“No entanto, o aumento da atividade provavelmente durará pouco. Esperamos que o crescimento do PIB se reverta no segundo trimestre de 2025, antes de subir lentamente ao longo do ano — e, eventualmente, retornar à sua taxa de crescimento tendencial no início de 2026”, disse ele.
– Holly Ellyatt
Como estão os mercados na Ásia e nos EUA?
Aqui está uma atualização rápida sobre a ação do mercado na Ásia e nos EUA durante a noite, de nossas equipes em Cingapura e Nova York.
Os mercados da Ásia-Pacífico caíram majoritariamente durante a noite, após a maior parte da sessão anterior ter apresentado ganhos devido ao alívio das tensões comerciais entre EUA e China. O índice de referência japonês Nikkei 225 caiu 0,90%, enquanto o Topix perdeu 0,75%. O Kospi da Coreia do Sul recuou 0,29%, enquanto o Kosdaq, de pequena capitalização, recuou 0,37%.
Nos Estados Unidos, os futuros do S&P 500 caíram nas negociações da madrugada depois que o índice de mercado amplo registrou o terceiro avanço consecutivo em reação à suspensão temporária da disputa tarifária entre o governo Trump e a China.
Os futuros vinculados ao S&P 500 caíram 0,2%, enquanto os futuros do Nasdaq-100 perderam cerca de 0,1%. Os futuros do Dow Jones Industrial Average caíram 173 pontos, ou 0,4%.
Os comerciantes dos EUA ficarão de olho nos dados do índice de preços ao produtor, nas vendas no varejo e nos números da produção industrial de abril, que serão divulgados antes da abertura do mercado de ações.
— Holly Ellyatt, Lee Ying Shan e Scott Schnipper
Mercados europeus: aqui estão as chamadas de abertura
Bom dia, de Londres. Aqui estão as chamadas de abertura de hoje.
As bolsas europeias devem abrir em território estável ou em baixa na quinta-feira, enquanto os mercados lutam para recuperar o ritmo após quebrar uma sequência de quatro sessões de ganhos.
Os futuros apontam para o DAX da Alemanha, o CAC 40 francês e o FTSE MIB italiano, abrindo em torno de 0,16% abaixo, enquanto o FTSE 100 deve abrir um pouco mais alto.
Os comerciantes ficarão de olho nos lucros da Deutsche Telekom, Siemens, Allianz e Alibaba. Os lançamentos de dados em foco incluem os dados mais recentes do produto interno bruto do Reino Unido, com dados preliminares do primeiro trimestre divulgados hoje.
— Holly Ellyatt
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
