Correios: empregados pedem diálogo sobre medidas para reduzir despesas
Publicado 16/05/2025 • 18:05 | Atualizado há 12 horas
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Publicado 16/05/2025 • 18:05 | Atualizado há 12 horas
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Agência dos Correios em Minas Gerais
Wikipedia
Após uma série de medidas de cortes de despesas anunciadas pela direção dos Correios, os trabalhadores querem a instalação de um comitê de crise para tratar da situação da empresa. Na última sexta-feira (9), a estatal divulgou um relatório mostrando um prejuízo de R$ 2,6 bilhões no ano passado.
Para reverter a situação, os Correios anunciaram que pretendem economizar R$ 1,5 bilhão este ano. Para tanto, a diretoria determinou, entre outras medidas:
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Em comunicado, os Correios informaram que a implementação do plano de redução de despesas tem como objetivo fortalecer a sustentabilidade financeira da empresa e garantir a continuidade dos serviços prestados à população.
“Ainda que 85% das unidades sejam consideradas deficitárias, os Correios garantem o acesso universal de todas e todos aos serviços postais, com tarifas justas, em cada um dos 5.567 municípios atendidos”, disse a empresa.
Entre as medidas estão também a prorrogação do programa de desligamento voluntário (PDV) até 18 de maio, mantendo os atuais requisitos de elegibilidade; a revisão da estrutura da sede da empresa, com corte de pelo menos 20% no orçamento de funções; lançamento de novos formatos de planos de saúde, com economia estimada de 30% para a empresa e para os empregados.
O plano prevê ainda o compartilhamento de unidades operacionais; venda de imóveis ociosos; revisão de contratos; reestruturação da rede tratamento e de atendimento; otimização da malha operacional e logística; lançamento de uma plataforma de e-commerce e inclui a captação R$ 3,8 bilhões com o New Development Bank (NDB), o banco dos Brics.
“Com a implementação das medidas e a captação de investimento do NDB, a previsão é reduzir 12% dos custos operacionais e aumentar o lucro operacional da empresa em cerca de R$ 3,1 bilhões ao ano”, diz comunicado dos Correios.
Com o anúncio, a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Findetec), uma das entidades representativas dos trabalhadores dos Correios, diz que se tornou indispensável a abertura de um canal de diálogo permanente entre a gestão da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e seus trabalhadores.
“Mudanças estruturais só têm efetividade quando debatidas com quem opera a empresa diariamente. A transparência nos dados econômicos, operacionais e atuariais, compartilhados previamente com representantes dos empregados, evita retrocessos e permite a construção de soluções alinhadas à realidade da base”, disse a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) em documento encaminhado na última quarta-feira (14) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A entidade solicitou uma audiência com o presidente para debater as questões.
A entidade representativa dos trabalhadores da empresa anunciou que vai lançar um Comitê em Defesa dos Correios, na próxima quarta-feira (21), na Câmara dos Deputados. Segundo a entidade, a iniciativa tem apoio da Frente Parlamentar em Defesa dos Correios.
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Além da criação do Comitê, os trabalhadores querem a suspensão de qualquer medida que afete a qualidade dos serviços ou os direitos dos empregados enquanto durar o processo de diálogo e a devolução dos dividendos pagos ao governo federal entre 2011 e 2013.
Nesse período, foram distribuídos à União cerca de R$ 3 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio.
Segundo um relatório de avaliação dos resultados de gestão dos Correios, elaborado pela Controladoria-Geral da União (CGU) em 2017, a empresa apresentou crescente degradação na sua capacidade de pagamento no longo prazo (liquidez) entre 2011 e 2016.
Além disso, os Correios tiveram aumento do endividamento e da dependência de capitais de terceiros, e principalmente, redução drástica de sua rentabilidade, com a geração de prejuízos crescentes a partir do exercício de 2013.
Segundo a CGU, devido ao constante aumento dos prejuízos acumulados, o patrimônio líquido reduziu em aproximadamente 92,6% no período.
Na avaliação das entidades trabalhistas, a retirada de recursos acarretou queda acentuada no capital de giro e redução de investimentos essenciais em tecnologia, infraestrutura e logística. Elas apontam ainda que foram esses os fatores que alimentaram “a espiral de endividamento e obrigaram a contratação de empréstimos emergenciais”.
“A recomposição desses recursos no caixa da ECT permitirá a retomada de projetos estratégicos, como a modernização de centros de triagem e a implementação de soluções logísticas inteligentes, sem qualquer prejuízo aos direitos ou benefícios dos empregados, preservando a universalidade dos serviços postais”, diz o ofício encaminhado à Presidência.
Em nota, os Correios informaram que as iniciativas anunciadas visam garantir a sustentabilidade econômico-financeira da empresa, com medidas de curto a médio prazo, em diferentes frentes.
No que diz respeito às negociações com os trabalhadores, a empresa destacou que, nos últimos dois anos, após amplo diálogo com as entidades sindicais, mais de 40 cláusulas que haviam sido extintas pelo governo anterior foram restabelecidas por meio de acordo coletivo firmado em mesa de negociação
“A atual gestão dos Correios mantém canais abertos por meio de uma mesa de negociação permanente com as trabalhadoras e os trabalhadores, e reafirma seu compromisso com a valorização do diálogo e o respeito às pautas da categoria”, diz a nota.
Com relação ao empréstimo negociado junto ao banco dos Brics, a assessoria dos Correios informou que a expectativa é que as negociações sejam concluídas ainda este ano.
Segundo a nota, os recursos serão destinados à implementação do Programa de Modernização e Transformação Ecológica dos Correios, que vai revolucionar o segmento postal e logístico brasileiro. As negociações estão em curso, com expectativa de serem concluídas este ano, de acordo com a estatal.
“Os investimentos viabilizarão a execução de um robusto plano de recuperação da estatal, com foco em inovação e descarbonização, otimização das operações logísticas, transformação digital e capacitação institucional, ou seja, iniciativas de infraestrutura e desenvolvimento sustentável alinhadas à estratégia de fomento do Banco dos Brics”, diz a nota.
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