Brasil avança em energia limpa com megainvestimento chinês, diz professora do Instituto Mauá
Publicado 19/05/2025 • 17:17 | Atualizado há 2 semanas
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Publicado 19/05/2025 • 17:17 | Atualizado há 2 semanas
KEY POINTS
O investimento de R$ 5 bilhões da empresa chinesa Envision no Brasil terá grande impacto estratégico para o país, disse Carolina Pavese, professora do Instituto Mauá de Tecnologia, em entrevista exclusiva ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
“Esse anúncio vem numa onda de interesses de vários parceiros internacionais na nossa capacidade de produção de energia renovável. Isso coloca o Brasil como um grande fornecedor e também como um palco para o desenvolvimento de novas tecnologias”, afirmou Pavese.
De acordo com a professora, o setor aéreo é um dos maiores emissores de gases de efeito estufa e que o uso de combustíveis sustentáveis, como o SAF, ainda está em fase inicial. “Estamos em um estágio muito embrionário. Há empresas com aviões pequenos já testando, mas ainda não temos produção em escala que justifique a substituição das frotas”.
Sobre o hidrogênio e a amônia verdes, Pavese explicou que o Brasil tem papel fundamental por sua abundância em matéria-prima. “Há países com muita tecnologia, mas pouca matéria-prima. O Brasil pode fornecer isso. O parque em Pernambuco será um passo essencial nessa integração entre capacidade produtiva e tecnologia estrangeira”.
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Além dos ganhos ambientais, a especialista falou sobre outros benefícios econômicos importantes: “Vamos gerar empregos, atrair investimentos e absorver know-how. Isso também exige o fortalecimento de políticas energéticas e ajuda a diversificar nossa matriz, hoje muito dependente da energia hidrelétrica, que sofre com a crise climática”.
Pavese ainda destacou o potencial do modelo como referência internacional. “Esse parque pode servir de exemplo para toda a América Latina. Isso torna o Brasil mais atraente, com maior poder de barganha e credibilidade, especialmente com a chegada da COP30. A agenda da descarbonização veio para ficar, o Brasil pode liderar esse processo”.
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