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“A indústria brasileira está se recuperando”, diz Alckmin sobre crescimento e desafios para 2025
Publicado 21/05/2025 • 10:13 | Atualizado há 5 meses
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Publicado 21/05/2025 • 10:13 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
Em entrevista exclusiva ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou que a indústria nacional apresentou desempenho positivo em 2023 e projeta um cenário de oportunidades para o setor em 2025.
Alckmin mencionou o papel da indústria na geração de empregos, inovação e fortalecimento da economia. “A indústria brasileira está se recuperando. A Nova Indústria Brasil registrou, por exemplo, crescimento de mais de 20% na produção de bens duráveis, como geladeiras e fogões, no último ano, e de 38% na fabricação de ar-condicionado, o que nos coloca como a segunda maior indústria do mundo, atrás apenas da China”, disse, em entrevista à jornalista Julia Lindner.
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Segundo o vice-presidente, em 2023 o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 3,4%, enquanto a indústria nacional avançou 3,8%. No setor automotivo, o Brasil registrou crescimento de 9,7%, superando a média mundial de 2%.
Para este ano, ele apontou como fatores favoráveis a queda da cotação do dólar, que tende a reduzir a inflação — de 6,20% para 5,70% — e a previsão de safra agrícola recorde, que deve impactar positivamente o custo de alimentos e fortalecer a agroindústria.
Alckmin citou ações voltadas à inovação, sustentabilidade e competitividade. Entre elas, a redução de prazos no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) para registro de patentes e a destinação de R$ 80 bilhões para inovação com taxa TR.
A indústria automotiva e de autopeças passou a contar com o programa MOVER (Mobilidade Verde), e empresas podem aderir à depreciação acelerada de máquinas e equipamentos, reduzindo de 15 para 2 anos o prazo para deduzir esses bens do imposto.
Ele também destacou o Regime Especial da Indústria Química (REIC) e a criação da Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD), destinada a indústria e comércio, com incentivo fiscal: isenção de Imposto de Renda para pessoa física e redução de 15% para pessoa jurídica sobre a compra desses títulos.
Questionado sobre o ambiente internacional, Alckmin avaliou que o Brasil não é foco de preocupação para os Estados Unidos na disputa tarifária com a China, por manter superávit americano na balança comercial de bens e serviços.
Sobre as tarifas de aço e alumínio, ele informou que as negociações seguem sem definições, mas defendeu o diálogo como caminho. “Ganha a sociedade, você é mais competitivo, eu compro de você, e sou mais competitivo vendendo outro produto ou serviço”, afirmou.
O governo também lançou o Portal Único de Comércio Exterior, que deve reduzir o chamado “Custo Brasil” em R$ 40 bilhões por ano, ao centralizar os procedimentos de importação e exportação e eliminar burocracias.
O presidente disse que as tratativas para assinatura do Acordo Mercosul-União Europeia avançam bem e destacou a importância da reforma tributária, que deve desonerar integralmente investimentos e exportações.
Ao comentar a gripe aviária, Alckmin afirmou que o Brasil possui rigor sanitário elevado e que o caso registrado permanece restrito a um único município. Ele garantiu que o consumo de carne de frango e ovos segue seguro. “Não há risco de transmissão do vírus para o ser humano pela carne ou pelo ovo, apenas por contato direto com a ave infectada e, mesmo assim, é raro”, explicou.
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