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Economia Brasileira

O que é o Copom e como ele influencia a Taxa Selic no Brasil

Publicado 22/05/2025 • 12:20 | Atualizado há 8 horas

Redação Times Brasil

o que é copom​

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Você sabe o que é o Copom? 

Talvez ache que não precisa — até perceber que uma única decisão desse comitê pode encarecer seu financiamento, reduzir seu poder de compra ou afetar diretamente seus investimentos. 

Ignorar o Copom é como dirigir sem olhar o GPS da economia: você pode até seguir em frente, mas não sabe para onde está indo. 

Entender como ele atua é essencial para proteger seu dinheiro, tomar decisões mais inteligentes e não ser pego de surpresa pelas oscilações do mercado. Este é o ponto de virada entre ser reativo… ou estratégico com suas finanças.

A pergunta não é “preciso saber sobre isso?”, mas sim: quanto dinheiro você pode perder ou ganhar por não entender isso?

Vamos entender?

O que é o Copom?

É um órgão do Banco Central do Brasil, responsável por definir a Taxa Selic, a principal taxa de juros do país. Criado em 1996, o Copom surgiu como uma ferramenta para institucionalizar e dar transparência à política monetária brasileira. Seu principal objetivo é controlar a inflação e manter a economia estável. 

E o que significa Copom? Comitê de Política Monetária.

A definição da taxa de juros impacta diretamente a disponibilidade de crédito, o custo do financiamento e a rentabilidade de investimentos. 

O comitê atua como um regulador, ajustando a Selic para equilibrar o crescimento econômico e os preços. Sua função é, portanto, central para o funcionamento do sistema financeiro, e suas decisões reverberam em diversos setores da economia. 

As reuniões do comitê ocorrem a cada 45 dias, sendo um dos eventos econômicos mais aguardados do Brasil. 

Ao entender o que é o Copom, portanto, você consegue perceber que o comitê vai além de uma simples reunião de políticos: é uma ferramenta essencial para o controle macroeconômico.

Com isso em mente, vamos explorar com mais detalhes sua função no controle da inflação e na estabilidade econômica.

A Taxa Selic

A Taxa Selic é a taxa de juros básica da economia brasileira, definida pelo Copom a cada reunião. 

O comitê decide a Selic com o objetivo de manter a inflação dentro da meta do governo, que é um dos seus principais mandatos. Ou seja, ele usa a taxa como uma ferramenta para ajustar a economia. 

Quando a inflação está alta, o Comitê de Política Monetária aumenta a Selic, tornando o crédito mais caro e desestimulando o consumo, o que ajuda a controlar os preços. 

Já quando a economia está em desaceleração, o comitê pode reduzir a Selic, tornando o crédito mais barato e incentivando o consumo e o investimento. 

A Selic afeta tanto o custo do crédito (empréstimos, financiamentos) quanto a rentabilidade de investimentos como CDBs, títulos públicos e poupança.

o que é copom​ selic

Então, o que significa o Copom no controle da inflação?

A principal função do órgão no controle da inflação é ajustar a Taxa Selic para garantir que a inflação se mantenha dentro da meta estabelecida pelo governo. 

A relação entre a inflação e a Selic é fundamental para o poder de compra da população e para a estabilidade econômica. Com a inflação controlada, o comitê consegue evitar o aumento de preços descontrolados, promovendo um ambiente econômico mais saudável. 

Então, o que significa o Copom, nesse caso? A garantia de um equilíbrio: juros altos para controlar a inflação e juros baixos para fomentar o crescimento econômico sustentável.

Compreender o que é o Copom no funcionamento da Selic é essencial para entender como o órgão toma suas decisões, com base em dados econômicos e projeções.

Como o Copom toma suas decisões?

O Comitê de Política Monetária toma suas decisões com base em uma análise cuidadosa de dados econômicos, como a inflação, o câmbio, o crescimento econômico e as expectativas do mercado. 

As reuniões do Copom ocorrem a cada 45 dias e são compostas por diretores do Banco Central, que discutem as condições econômicas do Brasil e do cenário internacional. 

A decisão sobre a Taxa Selic é tomada após a análise de projeções de inflação e crescimento. A utilização de uma metodologia técnica e criteriosa garante que as políticas monetárias sejam ajustadas conforme as necessidades da economia. 

A definição da taxa é feita com base em indicadores como o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do Brasil. Cada reunião é uma oportunidade para avaliar o comportamento da economia e ajustar a política monetária de acordo.

Sabendo disso, vamos analisar os principais fatores que influenciam a definição da Selic.

Fatores que impactam as decisões do Comitê de Política Monetária

copom​ e banco central

As decisões do comitê são influenciadas por uma série de fatores econômicos que afetam a inflação e o crescimento. Alguns dos principais fatores incluem:

  • Câmbio: a taxa de câmbio pode influenciar o custo de produtos importados e afetar a inflação;
  • Inflação: o Comitê de Política Monetária ajusta a Selic para manter a inflação dentro da meta, garantindo a estabilidade dos preços.
  • Cenário econômico global: a situação econômica mundial, como recessão ou crescimento de outras economias, pode impactar as decisões do órgão;
  • Expectativas do mercado: o comitê também considera as expectativas do mercado sobre o futuro da economia e como isso pode impactar as decisões de consumo e investimento.

Esses fatores são analisados detalhadamente durante as reuniões, pois afetam diretamente a política monetária e as projeções econômicas para o Brasil. 

Eles são cruciais para a definição da Selic, mas é importante entender como as mudanças na Selic impactam a economia de forma prática.

Como a alta ou queda da Selic impacta a economia?

Após entender o que é o Copom e como ele define a taxa Selic, você percebe que os juros impactam diretamente a economia, especialmente o consumo, o crédito e os investimentos. 

Quando o Copom aumenta a Selic:

  • há aumento na rentabilidade de investimentos conservadores, como CDBs e títulos públicos;
  • o crédito (empréstimos e financiamentos) se torna mais caro, desestimulando o consumo e os investimentos;
  • ocorre diminuição da demanda, pois o aumento dos juros reduz a capacidade de compra das famílias e o apetite das empresas por empréstimos.

Quando o Copom reduz a Selic, o cenário é o oposto:

  • o crédito fica mais barato, pois o consumo e o investimento aumentam, estimulando a economia;
  • a rentabilidade de produtos como a poupança e CDBs diminui, incentivando os investidores a buscar alternativas mais rentáveis;
  • há maior disposição para gastar, pois com juros mais baixos, as famílias tendem a consumir mais, e as empresas a expandir seus negócios.

Tendo compreendido os impactos da Selic sobre a economia, vamos explorar exemplos práticos de como diferentes cenários da Selic afetam o cotidiano.

Exemplos práticos: impacto da Selic em diferentes cenários econômicos

Para entender como as decisões do Comitê de Política Monetária afetam o dia a dia das pessoas e das empresas, vamos analisar exemplos práticos de como a Selic influencia a economia em diferentes cenários.

Cenário de Selic alta (15% ao ano):

Raul queria financiar um carro novo, mas percebe que os juros do financiamento aumentaram consideravelmente. Com parcelas mais caras, ele decide adiar a compra. 

Da mesma forma, a empresa de móveis onde Raul trabalha vê a demanda diminuir, já que menos consumidores estão financiando bens duráveis. 

Para se proteger, a empresa reduz investimentos em expansão e prioriza aplicações financeiras mais seguras, como CDBs e títulos públicos, que agora oferecem maior rentabilidade.

Cenário de Selic baixa (3% ao ano):

Ana, dona de uma pequena loja de roupas, percebe que os juros dos empréstimos ficaram mais baixos e decide financiar uma reforma para ampliar seu espaço. 

Com mais crédito acessível, seus clientes também compram mais, parcelando no cartão sem pesar tanto no orçamento. 

Do outro lado, investidores que antes preferiam CDBs e títulos públicos agora buscam alternativas mais rentáveis, como ações e fundos imobiliários, aquecendo o mercado financeiro.

Em ambos os casos, a Selic molda o comportamento econômico, influenciando decisões de consumo, investimento e rentabilidade. Saber interpretar esses cenários permite aproveitar melhor as oportunidades do mercado.

Como aproveitar os cenários econômicos com a Selic alta ou baixa

o que é copom​: selic alta e selic baixa

Agora que vimos o que é o Copom e como a Selic pode impactar a economia, é hora de entender como aproveitar os diferentes cenários econômicos com a Selic alta ou baixa, adaptando estratégias para cada situação, seja você um(a) empresário(a), investidor(a) ou apenas consumidor(a).

Quando a Selic está alta

Em um cenário de juros elevados, empresas costumam adotar uma postura mais conservadora, priorizando investimentos seguros e reduzindo a busca por crédito. 

É um bom momento para quem deseja aplicar em renda fixa, aproveitando a rentabilidade superior de títulos públicos e CDBs. 

No dia a dia, consumidores precisam avaliar com cautela financiamentos e empréstimos, evitando endividamento excessivo.

Quando a Selic está baixa 

Já em períodos de juros reduzidos, o ambiente fica mais favorável para expansão dos negócios e tomada de crédito. 

Empresas podem aproveitar para investir em crescimento, enquanto investidores tendem a diversificar suas aplicações, buscando ativos como ações e fundos imobiliários, que podem oferecer retornos mais atrativos. 

Para consumidores, esse é um momento oportuno para financiamentos e compras maiores, desde que planejados com responsabilidade.

Independentemente do cenário, entender o impacto da Selic e ajustar estratégias permite aproveitar melhor as oportunidades que cada fase econômica oferece.

Conclusão

O Comitê de Política Monetária desempenha um papel fundamental na economia brasileira ao definir a Taxa Selic, uma das principais ferramentas de controle da inflação e do crescimento econômico. 

As decisões do órgão afetam diretamente o poder de compra da população, as estratégias de negócios e a rentabilidade de investimentos. 

Compreender o que é o Copom e como suas decisões influenciam a economia é essencial para empresários, investidores e cidadãos se adaptarem aos diferentes cenários econômicos. 

Ao manter a inflação sob controle e ajustar os juros conforme as necessidades da economia, o comitê contribui para a estabilidade financeira do Brasil.

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