Juiz suspende temporariamente bloqueio de Trump a estudantes estrangeiros em Harvard
Publicado 23/05/2025 • 16:05 | Atualizado há 16 horas
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Publicado 23/05/2025 • 16:05 | Atualizado há 16 horas
KEY POINTS
Universidade de Harvard, em Boston
Unsplash
Um juiz suspendeu temporariamente, nesta sexta-feira (23), a decisão do governo Trump de impedir Harvard de matricular e receber estudantes estrangeiros, após a renomada universidade entrar com um processo, chamando a ação de inconstitucional.
Na quinta-feira (22), a Secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, revogou a capacidade da Universidade de Harvard de matricular cidadãos estrangeiros, lançando dúvidas sobre o futuro de milhares de estudantes e sobre o fluxo de renda lucrativo que eles proporcionam.
Harvard entrou com um processo, e a juíza distrital de Massachusetts, Allison Burroughs, ordenou que “a administração Trump está impedida de implementar a revogação da certificação SEVP (Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio) do Requerente”.
Haverá uma audiência de liminar no dia 29 de maio, conforme mostrou um documento judicial.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está furioso com Harvard — que já produziu 162 ganhadores do Prêmio Nobel — por rejeitar sua exigência de que a universidade se submeta à supervisão em admissões e contratações, alegando que é um foco de antissemitismo e ideologia liberal “woke”.
Seu governo ameaçou colocar sob revisão os US$ 9 bilhões (cerca de R$ 50,94 bilhões, na cotação atual) de financiamento governamental para Harvard, congelou uma primeira parcela de US$ 2,2 bilhões (R$ 12,45 bilhões) em subsídios e US$ 60 milhões (R$ 339,6 bilhões) contratos oficiais, além de mirar um pesquisador da Harvard Medical School para deportação.
“É o mais recente ato do governo em clara retaliação por Harvard exercer seus direitos da Primeira Emenda para rejeitar as exigências do governo de controlar a governança, o currículo e a ‘ideologia’ de seu corpo docente e estudantes”, disse o processo movido na corte federal de Massachusetts.
O processo pediu que um juiz “pare a ação arbitrária, caprichosa, ilegal e inconstitucional do governo”.
A perda de cidadãos estrangeiros — mais de um quarto do corpo estudantil — pode ser dispendiosa para Harvard, que cobra dezenas de milhares de dólares por ano em mensalidades.
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O presidente de Harvard, Alan Garber, afirmou em um comunicado na sexta-feira, antes da ordem de restrição temporária, que “condenamos esta ação ilegal e injustificável”.
“Ela põe em risco o futuro de milhares de estudantes e acadêmicos em Harvard e serve como um aviso para inúmeros outros em faculdades e universidades em todo o país que vieram para a América para buscar sua educação e realizar seus sonhos”, disse ele.
Noem havia dito na quinta-feira que “esta administração está responsabilizando Harvard por fomentar violência, antissemitismo e coordenar com o Partido Comunista Chinês em seu campus”.
Estudantes chineses representam mais de um quinto da matrícula internacional de Harvard, de acordo com os dados da universidade, e Pequim disse que a decisão “apenas prejudicará a imagem e a posição internacional dos Estados Unidos.”
“O lado chinês se opõe consistentemente à politização da cooperação educacional”, disse Mao Ning, porta-voz do ministério das Relações Exteriores.
Harvard já processou o governo dos EUA por um conjunto separado de medidas punitivas.
Karl Molden, um estudante da Áustria em Harvard, disse que solicitou transferência para Oxford na Grã-Bretanha porque temia tais medidas.
“É assustador e triste”, disse o estudante de 21 anos de governo e clássicos à AFP na quinta-feira, chamando sua admissão em Harvard de “o maior privilégio” de sua vida.
Líderes do capítulo de Harvard da Associação Americana de Professores Universitários chamaram a decisão de “a mais recente em uma série de movimentos abertamente autoritários e retaliatórios contra a instituição de ensino superior mais antiga da América”.
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