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EXCLUSIVO: ‘Dívida pode atingir 90% do PIB sem controle fiscal’, diz Henrique Meirelles

Publicado 26/11/2024 • 18:05 | Atualizado há 7 meses

Redação Brasil Times Brasil | CNBC

KEY POINTS

  • Esse cenário, segundo Meirelles, representa um “problema perigoso” para a sustentabilidade econômica do país.
  • Para ele, a meta de déficit zero anunciada pelo governo é um passo importante, mas insuficiente se não vier acompanhada de um controle rigoroso das despesas públicas.
  • O ex-ministro ressaltou que a falta de controle fiscal pode minar a confiança de investidores, empresários e consumidores.

O ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, apontou os riscos do aumento descontrolado da dívida pública durante entrevista ao programa Radar, apresentado por Fabio Turci.

Meirelles destacou que a projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) indica que, sem medidas efetivas para conter os gastos, a dívida pública do Brasil poderá alcançar 90% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos anos.

  • Esse cenário, segundo ele, representa um “problema perigoso” para a sustentabilidade econômica do país.
  • Para Meirelles, a meta de déficit zero anunciada pelo governo é um passo importante, mas insuficiente se não vier acompanhada de um controle rigoroso das despesas públicas.

“É muito importante termos a dimensão do corte de gastos e saber até que ponto ele atinge não só os objetivos de curto prazo do governo, mas também altera a evolução da curva de endividamento público”, afirmou.

O ex-ministro ressaltou que a falta de controle fiscal pode minar a confiança de investidores, empresários e consumidores, dificultando o crescimento econômico e a geração de empregos.

Ele destacou ainda a relevância do cumprimento do arcabouço fiscal, que estabelece limites para o crescimento das despesas em relação à receita.

“Se os gastos não forem controlados, será um problema perigoso para o país, comprometendo a sustentabilidade da dívida e a estabilidade econômica”, alertou.

Meirelles defendeu que cortes de gastos precisam ser substanciais e bem planejados para garantir que o Brasil não entre em uma trajetória insustentável de endividamento, o que afetaria a capacidade do governo de investir e prestar serviços essenciais.

Por fim, Meirelles apontou que o momento exige medidas firmes e estruturais para assegurar a solidez econômica a médio e longo prazo. Ele lembrou que, enquanto a meta de déficit zero é um objetivo desejável, o impacto positivo só será sentido se vier acompanhado de mudanças profundas na condução da política fiscal.

“O desafio não é apenas atingir as metas anunciadas, mas garantir que o crescimento da dívida pública seja controlado, protegendo o Brasil de um futuro de instabilidade econômica”, concluiu.

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