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Trump sinaliza cancelar financiamentos de US$ 100 milhões em nova ofensiva contra Harvard
Publicado 27/05/2025 • 21:55 | Atualizado há 6 meses
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Publicado 27/05/2025 • 21:55 | Atualizado há 6 meses
KEY POINTS
O presidente Donald Trump faz comentários durante uma cerimônia do Memorial Day no Anfiteatro do Cemitério Nacional de Arlington, segunda-feira, 26 de maio de 2025, em Arlington, Virgínia.
Daniel Torok / Casa Branca / Flickr
O governo de Donald Trump anunciou sua intenção de cancelar contratos federais remanescentes com a Universidade de Harvard, totalizando cerca de US$ 100 milhões (R$ 563,93 milhões). A decisão foi comunicada através de uma carta enviada nesta terça-feira (27), instruindo agências federais a buscarem fornecedores alternativos para serviços futuros. Esta medida intensifica o conflito entre o governo e a renomada universidade americana.
O rascunho da carta, obtido pelo The New York Times, descreve os cortes como um rompimento completo das relações comerciais do governo com Harvard. Desde o mês passado, a administração congelou aproximadamente US$ 3,2 bilhões (R$ 18,05 bilhões) em concessões e contratos, além de tentar limitar a matrícula de estudantes internacionais na instituição.
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A carta, datada de 27, assinada por Josh Gruenbaum, comissário do serviço de aquisição federal da G.S.A., foi distribuída às agências federais. As agências devem responder até 6 de junho com uma lista de contratos a serem cancelados. Aqueles considerados críticos não serão imediatamente encerrados, mas realocados para outros fornecedores.
Cerca de trinta contratos em nove agências estão sendo revisados para possível cancelamento. Exemplos incluem um contrato do Instituto Nacional de Saúde de US$ 49.858 (R$ 281 mil) para estudar os efeitos do café e um do Departamento de Segurança Interna de US$ 25.800 (R$ 145,5 mil) para treinamento de executivos seniores.
A administração Trump justifica suas ações como uma defesa dos direitos civis, acusando Harvard de viés liberal e de desrespeitar a decisão da Suprema Corte sobre classificações raciais em admissões. Harvard, em contrapartida, vê a situação como uma violação de seus direitos garantidos pela Primeira Emenda.
Em resposta, Harvard entrou com processos judiciais para restaurar mais de US$ 3 bilhões (R$ 17 bilhões) em fundos federais e garantir seu direito de matricular estudantes internacionais. Na semana passada, a juíza Allison Burroughs restabeleceu temporariamente esse direito, com uma audiência marcada para quinta-feira, 29, para decidir sobre a continuidade.
Durante sua campanha para um segundo mandato, Trump atacou universidades de elite como Harvard, chamando-as de controladas por “maníacos e lunáticos marxistas”. Ele prometeu aumentar impostos sobre os retornos de investimento dos endowments universitários, proposta aprovada pela Câmara e aguardando decisão no Senado. Esta medida pode custar a Harvard cerca de US$ 850 milhões (R$ 4,8 bilhões) por ano.
Harvard enfrenta pressões constantes da administração Trump, que emitiu editais ameaçando sua estabilidade financeira. A universidade abriga cerca de 6,8 mil estudantes internacionais, representando 27% de sua matrícula total. O presidente de Harvard, Alan M. Garber, expressou preocupação com as restrições impostas pelo governo, afirmando que “Condenamos essa ação ilegal e injustificada”.
Trump também acusou Harvard de não divulgar nomes de seus estudantes estrangeiros, alegando que alguns vêm de países “não amigáveis” aos EUA. Estudantes internacionais não recebem auxílio federal, mas Harvard oferece seu próprio suporte financeiro. Ele exigiu listas desses estudantes, afirmando nas redes sociais que “Ainda estamos esperando as Listas de Estudantes Estrangeiros de Harvard para que possamos determinar, após um gasto ridículo de BILHÕES DE DÓLARES, quantos lunáticos radicalizados, todos encrenqueiros, não devem ser autorizados a voltar para o nosso país”.
Embora não esteja claro o que Trump está exigindo, já que o governo tem acesso a informações sobre vistos e registros de estudantes estrangeiros, a pressão sobre Harvard continua. Em resposta, o governo japonês anunciou que busca maneiras de apoiar os estudantes afetados. Toshiko Abe, ministra da Educação do Japão, declarou que solicitará às universidades japonesas que desenvolvam formas de ajudar esses estudantes.
A Universidade de Tóquio, a principal instituição de ensino superior do Japão, está considerando aceitar temporariamente alguns alunos de Harvard afetados pelas políticas do governo Trump. Este movimento mostra a solidariedade internacional diante das medidas restritivas impostas pela administração americana.
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