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Venture Capital: o alto risco que constrói gigantes
Publicado 05/06/2025 • 10:44 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 05/06/2025 • 10:44 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Se você me perguntar qual é a força propulsora por trás das startups que saem do zero e viram gigantes, minha resposta será direta: Venture Capital (VC). Mas antes de falar de cifras e rodadas milionárias, é preciso entender o básico e o essencial: VC é mais do que dinheiro. É visão, é risco, é parceria, é gente.
Venture Capital é uma forma de investimento em empresas nascentes, geralmente com base tecnológica, que têm alto potencial de crescimento, mas também altíssimo risco. Ao invés de pegar um empréstimo com o banco, essas startups buscam capital com investidores que colocam dinheiro em troca de uma participação na empresa. A aposta é que, lá na frente, essa participação valerá muito mais.
A jornada começa cedo. No pré-seed ou seed, investidores anjo e aceleradoras entram com pequenos cheques para validar ideias. Eu mesma comecei assim, apaixonada, fazendo cheques que nem podia na época. Era pura vontade de apoiar inovação.
Se a empresa sobrevive a essa fase inicial, ela avança para rodadas maiores: Série A, Série B, C, D.... A partir daí, entram os Venture Capitals. São aportes que variam de R$1 milhão a R$30 milhões ou mais. Eles servem para acelerar o crescimento de quem já provou que sabe o que está fazendo.
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No fim, vem o chamado exit, ou seja, a saída do investidor. Quando uma empresa chega a um ponto em que precisa de investidores maiores, com mais capital e estrutura, é comum que os primeiros investidores sejam “limpos” do cap table (a tabela de participação acionária). É nesse momento que se realiza o lucro, se tudo deu certo.
O outro lado da moeda também existe e eu preciso ser realista: é um jogo duro. A cada 10 startups que eu, por exemplo, recebo, 8 quebram. Sim, 8. Por isso, o Venture Capital é chamado de capital de risco. E é por isso também que a análise precisa ser profunda.
Minha tese de investimento começa sempre pela pessoa fundadora. Ela precisa saber lidar com pressão, tomar decisões rápidas, gerir pessoas e manter a calma mesmo quando tudo parece estar desmoronando. Liderar é resistir, e isso vale ainda mais para quem empreende.
Depois vem a tecnologia. O produto ou serviço precisa ter uma barreira de entrada. Tem que ser difícil de copiar. A gente chama isso de defensibilidade. Em seguida, olho para o mercado: ele é grande o suficiente para permitir crescimento escalável?
A partir daí, começa o processo de diligência. São dezenas de documentos, análises jurídicas, financeiras e operacionais. Porque, sim, ninguém quer rasgar dinheiro, mas todo investidor de risco precisa aceitar que pode perder.
Para quem deseja começar a investir nesse ecossistema, meu conselho é direto: não faça isso com o dinheiro do aluguel. O mercado de VC é ilíquido. Não é como ações na bolsa, que você compra e vende a qualquer momento. Aqui, você entra sabendo que pode levar anos para sair.
Mas quando dá certo, o retorno pode ser de 5, 10, até 14 vezes o valor investido. É isso que compensa as perdas, e também alimenta o propósito de ajudar empresas incríveis a nascerem e transformarem o mundo.
No fim do dia, Venture Capital é sobre acreditar no impossível. É sobre encontrar aquele time brilhante que só precisa de uma chance, e estar disposto a dar essa chance mesmo sabendo que pode perder. Porque é assim que o futuro se constrói: com coragem, estratégia e, claro, um pouco de risco.
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