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Publicado 27/11/2024 • 23:07
KEY POINTS
Fachada da PepsiCo Brasil
Foto: Joel Silva/PepsiCo/Divulgação
Trabalhadores das fábricas da PepsiCo em Sorocaba e no bairro de Itaquera, em São Paulo, iniciaram uma greve no último domingo (24) para exigir o fim da jornada de trabalho no regime 6×1. A escala, que prevê seis dias de trabalho seguidos por apenas um de descanso, é considerada exaustiva e motivo de insatisfação entre os empregados, segundo o Stilasp (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Laticínios e Alimentação de São Paulo).
Nesta quarta-feira (27), enquanto representantes da PepsiCo e do sindicato participavam de audiências nos Tribunais Regionais do Trabalho das regiões 2 e 15, a paralisação continuava. Em Itaquera, os trabalhadores rejeitaram uma proposta apresentada no início da semana que sugeria suspender a greve até uma nova audiência. Já em Sorocaba, os debates sobre as condições de trabalho seguem intensos.
O principal ponto da greve é o fim da escala 6×1, que, segundo o Stilasp, compromete a qualidade de vida dos trabalhadores ao limitar o tempo disponível para lazer, estudos e convívio familiar.
Além disso, os grevistas rejeitam o modelo 6×2, no qual os trabalhadores têm dois dias de folga após seis dias consecutivos de trabalho. O sindicato propôs uma alternativa baseada na “jornada espanhola”, que prevê uma distribuição mais equilibrada das horas de trabalho, mas a proposta não foi aceita pela PepsiCo.
A multinacional argumenta que as jornadas 6×1 e 6×2 estão em conformidade com a legislação brasileira e reforçou sua disposição para o diálogo. Em nota, a PepsiCo declarou: “Cumprimos rigorosamente a legislação trabalhista e seguimos abertos para buscar soluções equilibradas que contemplem as necessidades de todas as partes envolvidas”.
A greve afeta cerca de 1.600 funcionários das fábricas em São Paulo, segundo o Stilasp. O movimento conta com o apoio de centrais sindicais, como a CUT, que classificaram as jornadas 6×1 e 6×2 como “arcaicas e desumanas”. Em comunicado, a entidade afirmou que a PepsiCo, como uma multinacional lucrativa, tem condições de contratar mais trabalhadores para reduzir a carga de trabalho de seus empregados atuais.
Enquanto isso, a paralisação coloca em debate a necessidade de mudanças estruturais nas condições de trabalho no Brasil, especialmente em empresas de grande porte. Para os sindicatos, a greve da PepsiCo pode se tornar um exemplo de luta por jornadas mais equilibradas, ampliando a discussão para outras categorias.
O desenrolar das audiências e as negociações entre trabalhadores e empresa serão decisivos para determinar o rumo da paralisação, que já se configura como um marco na busca por melhores condições de trabalho no setor industrial.
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