Parceria da Netflix com a Warner escancara desgaste do modelo dos streamings
Publicado 07/06/2025 • 15:56 | Atualizado há 10 horas
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Publicado 07/06/2025 • 15:56 | Atualizado há 10 horas
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Consolidada como a maior plataforma de streaming mundial, a Netflix surpreendeu seus assinantes e o mercado publicitário ao anunciar que chegou a um entendimento com a Warner para disponibilizar os filmes produzidos pelo estúdio de cinema em seu catálogo. O serviço servirá como a terceira janela dos longas da empresa, depois da conclusão do circuito cinematográfico das obras e de um período de exclusividade da HBO Max, serviço de VOD do conglomerado da Warner.
A novidade, que já está sacramentada e garantida até pelo menos o final de 2028, é espantosa. Não faz muito tempo que todas as plataformas de streaming brigavam entre si para terem conteúdos absolutamente exclusivos, sem nenhum tipo de divisão com suas concorrentes. Até mesmo a Netflix, que nasceu apenas como uma agregadora de conteúdo, precisou evoluir e passou a contar também com produções próprias, já que seus executivos rapidamente notaram que acabariam sucumbindo caso se mantivessem dependentes de terceiros para alimentar seu catálogo.
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As produções da Warner não vão entrar para o catálogo permanente da Netflix, mas farão parte da plataforma e da HBO Max simultaneamente durante um considerável período. E isso, é claro, levanta uma pergunta óbvia: não estaríamos cada vez mais perto do estouro da bolha dos streamings?
A união de duas gigantes sinaliza, no mínimo, que as pessoas estão menos dispostas a pagar por uma infinidade de serviços para conseguir assistir a todos os conteúdos que desejam.
Antes da popularização dos serviços de vídeo sob demanda, o “máximo” do entretenimento caseiro eram os pacotes premium das operadoras de televisão por assinatura, que custavam menos de R$ 400 mensais – já considerando os valores adicionais pelos canais com a primeira janela pós-cinema dos filmes de Hollywood, como Telecine e HBO, e a assinatura do Premiere, tradicional serviço que transmite todos (ou a imensa maioria) dos jogos do Brasileirão e da Copa do Brasil.
A televisão por assinatura perdeu força e se viu sufocada por um esvaziamento de assinantes e ainda pela ganância das produtoras de conteúdo, que haviam se cansado de dividir seus lucros com outros players. A Disney, por exemplo, encerrou a operação de diversos canais competitivos no Brasil, como o Star Channel e o National Geographic, e passou a disponibilizar os conteúdos que faziam parte da programação diária das emissoras com exclusividade em seu streaming, o Disney+.
A empresa do Mickey Mouse não foi a primeira – e nem será a última – a desinvestir na televisão por assinatura. É, aparentemente, um caminho sem volta. Mas isso desperta outra questão: até quando os assinantes vão pagar o mesmo preço por pacotes cada vez mais enxutos? Os canais de filmes estão cada vez mais desinteressantes. É difícil zapear e não se deparar com a enésima reprise de Todos Menos Você em algum dos canais da HBO, por exemplo. Até mesmo o futebol foi pulverizado, com os direitos de transmissão do Brasileirão espalhados por emissoras abertas e canais digitais.
O consumidor final, que antes precisava gastar apenas cerca de R$ 400 para ter acesso ao máximo do entretenimento, agora gasta muito mais. O preço das operadoras de televisão por assinatura, como já dito nesta coluna, não encolheu. E o cliente, além dela, agora precisa pagar para achar suas séries e programas favoritos em incontáveis plataformas de streaming: Netflix, HBO Max, Apple TV+, Prime Video, Globoplay, Paramount+... há um perigo sério de que algum outro serviço tenha surgido enquanto esta edição de Fábrica de Mídia estava sendo produzida.
A milionária união da Netflix com a Warner mostra apenas que estamos diante de um sinal escancarado que a pulverização dos conteúdos em múltiplas plataformas está com os dias contados. E, mais uma vez, iremos presenciar uma – necessária, conste-se – readequação do mercado. É um dos raros casos em que o consumidor finalmente se beneficiará, contrariando a lógica histórica do mercado audiovisual.
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