Neste domingo (8), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reunirá com representantes do Congresso para discutir os ajustes no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Na última terça-feira (3), após encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com líderes do Congresso e membros da equipe econômica, Haddad assegurou “um alinhamento muito grande” em relação aos parâmetros estabelecidos para encaminhar essas medidas.
“Nós dependemos dos votos do Congresso Nacional. O Congresso Nacional precisa estar convencido de que é o caminho mais consistente do ponto de vista da política macroeconômica”, disse o ministro.
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Lula sobre questão do aumento do IOF: ‘Está tudo acertado’
Neste sábado (7), em entrevista à jornalistas em Paris, na França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que está “tudo acertado” quanto ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
“Você pode estar certo de que vai acontecer exatamente o que nós acertamos, sem brigas, sem conflito, apenas fazendo aquilo o que tem que ser feito, conversar, encontrar uma solução e resolver”.
O presidente afirmou que se reuniu esta semana com Haddad, residentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de Gabriel Galípolo, do Banco Central, e Rui Costa, da Casa Civil, para discutir o assunto. “Foi uma belíssima reunião. Está tudo acertado”, destacou.
Também no sábado, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, reforçou que as discussões sobre as medidas em relação ao IOF estão “bem encaminhadas”. Segundo ele, “o objetivo do governo é cumprir o arcabouço fiscal, ou seja, déficit zero”.
Julia Lindner: otimismo de Lula não se confirma entre parlamentares
O otimismo do presidente Lula não se confirma nas conversas com lideranças da Câmara e do Senado, segundo apuração da repórter Julia Lindner, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
Segundo ela, os parlamentares ainda não conhecem o conteúdo completo da proposta que será discutida em reunião deste domingo.
— Ele disse que está tudo acertado, mas não é isso que a apuração aponta, principalmente ouvindo os líderes que participarão da reunião — afirmou Lindner.
O principal ponto em debate é a revisão das isenções tributárias. Parte do governo e lideranças partidárias consideram possível reduzir os benefícios de forma linear ou ajustada entre setores, mas reconhecem dificuldades operacionais.
Além disso, outros temas devem ser tratados, como o aumento de dividendos de estatais para o Tesouro, o limite de repasses do Fundeb e eventuais mudanças em pisos constitucionais de saúde e educação.
A reunião de domingo demonstra interesse do governo em avançar no tema antes do retorno do presidente Lula ao Brasil, previsto para terça-feira (10). Até lá, o governo busca evitar a tramitação de um projeto de decreto legislativo que pretende sustar a medida.
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