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Televisão brasileira vive crise sem precedentes

Publicado 13/06/2025 • 06:45 | Atualizado há 21 horas

Michaele Gasparini

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Semanalmente, Michaele Gasparini destrincha um dos principais temas da indústria de mídia na semana. Nada passa despercebido ao olhar da colunista: tudo o que movimenta o mercado e rende milhões de dólares em publicidade nas emissoras de televisão e nas plataformas de streaming estará aqui.

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O título desta edição de Fábrica de Mídia não é um exagero. As emissoras de televisão do país estão cada vez mais perdidas. Sem rumo, os principais players de mídia aberta do Brasil se transformaram em cachorros que vivem correndo atrás do próprio rabo. Globo, Record, SBT, Band e RedeTV! estão eternamente presas nas mesmas ideias, repetidas de forma exaustiva, e raramente tem coragem de apostar em algo novo. O resultado? Uma queda livre de audiência – e consequentemente de lucro.

Eternamente consolidada como detentora dos maiores índices de audiência do país, a Globo perdeu toda a criatividade que tinha em seu departamento de dramaturgia. Dependente de remakes, a rede conseguiu a proeza de exaurir até mesmo uma fórmula que parecia promissora: Vale Tudo, atualmente em cartaz na faixa das 21h, marca sistematicamente menos ibope que a novela das 7, contrariando a lógica histórica do mercado. A grande novidade da rede para o segundo semestre é mais um enfadonho reality de culinária, algo que o canal tenta emplacar – sem sucesso – há anos.

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Alçada ao posto de vice-líder isolada por conta da incompetência de suas rivais, a Record virou uma espécie de Record News 2. Das 5h às 21h, a programação da rede é praticamente toda de produtos jornalísticos, com exceção de uma reapresentação de novela entre 15h30 e 16h30 e, para todos os efeitos, do Hoje em Dia, que ainda se apresenta como um produto de entretenimento (mesmo tendo um imenso bloco de notícias). Para frear o recém-estreado programa de Luiz Bacci no SBT, o canal apostou em uma maratona de quase 5 horas diárias do Balanço Geral, algo que claramente não se sustentará a longo prazo – não só pela audiência, mas também pela saúde dos envolvidos.

O SBT, desde a morte de Silvio Santos, se transformou em uma piada enfadonha e sem graça. Na última sexta-feira, dia 13, o departamento de Recursos Humanos da emissora chegou ao ponto de disparar um e-mail para os funcionários sinalizando que a emissora continuará fazendo mudanças em sua programação sem aviso prévio, com o intuito de tentar recuperar o público perdido. A grande questão, porém, é que a rede tem perdido mais e mais telespectadores a cada mudança inesperada – e as grandes novidades do canal para 2025 são produtos requentados, como Bom dia & Cia, Casos de Família e Aqui Agora (este último sequer deve sair do papel).

Sem José Luiz Datena e sem campeonatos de futebol relevantes, a Band virou uma espécie de TV MasterChef. Já são 24 temporadas da competição gastronômica em apenas 11 anos, e o público já escancara que não se interessa mais pelo programa: outrora líder de audiência, a frente até mesmo da Globo, o reality show agora sofre para conseguir dar 1 ponto de média, e chega a ser superado pela RedeTV! em diversos momentos. Por falar em RedeTV!... ah, é a RedeTV!. Tem a Sonia Abrão, o João Kleber, o Operação de Risco e igrejas. Muitas igrejas. Igrejas até demais.

Não é que o mercado publicitário não se importe mais com a Globo, Record, SBT, Band e a RedeTV!. É nítido que o investimento na programação do quinteto foi reduzido justamente pelas ofertas cada vez piores das emissoras, que insistem em responsabilizar apenas o atual modelo de aferição dos índices de audiência, que é de fato problemático – mas passa longe de ser o único culpado por toda a desgraça do mercado. Com o advento das plataformas de streaming, o telespectador tem cada vez mais opções de conteúdos de qualidade. E, diferentemente das TVs abertas, elas não têm tido medo de ousar para chamar a atenção do consumidor final.

A grande dúvida que fica é: quanto tempo vai levar para que o quinteto perceba que a queda livre pode se tornar irreversível? O Brasil é um dos poucos países que a televisão aberta segue sendo uma força dominante – e tudo leva a crer que isso está com os dias contados.

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