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Estandes de defesa de Israel foram encerrados no Paris Air Show
Publicado 16/06/2025 • 11:46 | Atualizado há 18 horas
Publicado 16/06/2025 • 11:46 | Atualizado há 18 horas
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Participantes passam pelo Pavilhão Israelense da Israel Aerospace Industries (IAI), fechado, durante a 55ª edição do Salão Internacional da Aeronáutica de Paris, no Aeroporto Paris-Le-Bourget, em Le Bourget, subúrbio de Paris, em 16 de junho de 2025.
Alain Jocard | Afp | Getty Images (Reprodução CNBC Internacional)
Os estandes de pelo menos duas grandes empresas israelenses de defesa foram bloqueados para os participantes do Paris Air Show nesta segunda-feira (16), em uma medida que Israel afirmou ter sido ordenada pelo governo francês após uma disputa sobre os estandes.
Placas foram colocadas ao redor dos pavilhões de empresas como a Elbit Systems e a Israel Aerospace Industries (IAI), que exibiam exemplos de equipamentos militares. Os estandes da Rafael e da Uvision também foram fechados, conforme a Reuters. A CNBC não verificou esta reportagem de forma independente.
“Ontem à noite, apenas um dia antes da abertura do Paris Air Show no Aeroporto de Le Bourget, os organizadores da exposição, agindo em nome do governo francês, ordenaram a remoção de sistemas de armas ofensivas dos pavilhões da indústria de defesa israelense — rompendo com a prática padrão em feiras de defesa em todo o mundo”, disse o Ministério da Defesa de Israel em um comunicado.
O ministério afirmou ter informado aos organizadores do show aéreo que rejeitava a demanda e que a equipe da conferência respondeu erguendo paredes pretas durante a noite, bloqueando os pavilhões para o início do evento na segunda-feira (16).
“Esta decisão ultrajante e sem precedentes cheira a considerações políticas e comerciais… Os franceses estão se escondendo atrás de supostas considerações políticas para excluir armas ofensivas israelenses de uma exposição internacional — armas que competem com as indústrias francesas”, disse.
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A CNBC contatou os organizadores do Paris Air Show e o governo francês para obter comentários.
Empresas de defesa israelenses vêm promovendo novos produtos que serão revelados no evento de Paris — um dos maiores do mundo da aviação —, como o sistema de alerta infravermelho de mísseis PAWS-2 (HR) da Elbit.
A defesa é um dos principais focos em Paris este ano, em meio a tensões geopolíticas e promessas de maiores gastos com segurança na Europa, além da demanda relativamente contida por parte de companhias aéreas comerciais para fazer novos pedidos importantes, devido aos atrasos existentes.
Outras empresas de defesa presentes no evento incluem as americanas Lockheed Martin e Raytheon, a fabricante europeia de mísseis MBDA e a Aviation Industry Corporation of China, além da presença de centenas de delegações militares.
“Ontem à noite, depois que nosso estande estava montado e pronto para a feira, fomos solicitados a remover alguns de nossos sistemas”, disse o presidente e CEO da IAI, Boaz Levy, em um comunicado.
“Tentamos negociar com eles, mas parece que essas ordens vieram dos mais altos escalões de Paris”, disse Levy, acrescentando que a empresa havia recebido autorização para participar da feira e atendido às solicitações dos organizadores. A equipe da IAI foi impedida de entrar no estande, observou ele.
Levy disse estar “chocado” com a decisão e a suposta discriminação.
A medida ocorre em meio à escalada do conflito entre Israel e o Irã, com ataques aéreos mortais entre os países continuando pelo quarto dia na segunda-feira. Israel lançou uma série de ataques na sexta-feira (13) contra locais que, segundo ele, estavam relacionados ao programa nuclear iraniano, matando vários oficiais militares de alto escalão.
Enquanto isso, o governo francês e o presidente Emmanuel Macron aumentaram suas críticas a Israel sobre sua operação militar em andamento em Gaza nos últimos meses, com uma declaração conjunta do Reino Unido, França e Canadá em maio chamando o nível de sofrimento humano no país de “intolerável”.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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