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“Serviços ainda seguram economia, mas desaceleração virá com alta de juros, diz especialista

Publicado 16/06/2025 • 16:01 | Atualizado há 12 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (16) o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de abril, que registrou alta de 0,2%. No acumulado de 12 meses, o indicador apresenta avanço de 4%.
  • O índice é usado como uma prévia mensal do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB).
  • Para Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, programas sociais e a ampliação dos gastos públicos têm sustentado a demanda

O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (16) o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de abril, que registrou alta de 0,2%. No acumulado de 12 meses, o indicador apresenta avanço de 4%. O índice é usado como uma prévia mensal do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) e reflete a movimentação dos setores de agropecuária, indústria e serviços.

“A atividade econômica ainda continua com algum nível de aquecimento, resistindo à alta de juros, mas isso deve mudar nos próximos meses”, avaliou Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, em entrevista ao jornal Money Times Brasil, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC. Segundo ele, o crescimento modesto de abril foi sustentado exclusivamente pelo setor de serviços.

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De acordo com Agostini, agropecuária e indústria apresentaram desempenho negativo no período, enquanto os serviços mantiveram ritmo positivo, ainda impulsionados por emprego, renda e gastos sociais. O setor responde por aproximadamente dois terços do PIB e tende a reagir mais lentamente aos aumentos de juros, por depender menos de crédito e mais da dinâmica do mercado de trabalho.

Para o economista, programas sociais e a ampliação dos gastos públicos têm sustentado a demanda. “O governo federal colocou mais combustível no consumo via programas sociais e expansão de despesas, o que tem postergado o efeito da política monetária sobre os serviços”, explicou.

Descompasso fiscal preocupa

O especialista destacou preocupação com a condução da política fiscal, especialmente diante do atual cenário de juros elevados. Segundo ele, o governo tem priorizado a arrecadação, elevando tributos e desestimulando investimentos, como no caso da nova alíquota de 5% sobre operações financeiras antes isentas, voltadas ao financiamento imobiliário e ao agronegócio.

Agostini afirmou que há alternativas para o ajuste das contas públicas, como privatizações e reforma administrativa, mas que o governo opta pelo aumento de receita. “É como uma família que gasta mais do que ganha e recorre ao cheque especial para fechar o mês”, comparou.

O economista também apontou que o Legislativo e o Judiciário contribuem para o desequilíbrio fiscal, aumentando despesas e resistindo a cortes. “Existe no Brasil um problema grave chamado fisiologismo político e corporativismo do Judiciário, e quem paga a conta é a população com mais impostos”, afirmou.

Expectativas para juros e atividade

Sobre a chamada “super quarta” de decisões monetárias, Agostini projetou manutenção da taxa de juros no Brasil, atualmente em 14,75%, podendo chegar a 15% no segundo semestre. Para os Estados Unidos, a expectativa é de estabilidade no curto prazo, com possível queda a partir da segunda metade do ano.

O economista-chefe da Austin Rating destacou também que o Brasil deverá enfrentar uma desaceleração econômica moderada no segundo semestre de 2025, com impacto mais forte sobre o setor de serviços à medida que o mercado de trabalho for afetado pelas taxas de juros elevadas. “Por enquanto não é crise, são ajustes em curso, mas os riscos são severos”, concluiu.

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