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Inflação no Reino Unido permanece em 3,4% em maio, reforçando argumento para manter a taxa de juros
Publicado 18/06/2025 • 10:34 | Atualizado há 4 semanas
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Publicado 18/06/2025 • 10:34 | Atualizado há 4 semanas
KEY POINTS
Londres, capital do Reino Unido, é um dos principais centros econômicos da Europa.
Pixabay/Pexels
A taxa de inflação anual do Reino Unido atingiu 3,4% em maio, em linha com as expectativas dos economistas, de acordo com dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS) nesta quarta-feira (18).
O ONS havia publicado inicialmente dados mostrando um aumento de 3,5% nos 12 meses até abril, mas posteriormente afirmou que um erro de cálculo nos dados do imposto sobre veículos levou à superestimação dos dados. O resultado de abril teria sido de 3,4% sem esse erro.
O órgão de estatísticas afirmou na época que sua política geral é não revisar os números de inflação, portanto, manteve os dados originais. Na quarta-feira (18), afirmou que os dados corrigidos do imposto sobre veículos foram utilizados na produção do índice de preços ao consumidor de maio.
O núcleo da inflação de maio, que exclui os preços mais voláteis de energia, alimentos, álcool e tabaco, subiu 3,5% no ano até maio, ante 3,8% nos 12 meses até abril.
O ONS disse que a maior contribuição descendente para a variação mensal nas taxas anuais de inflação veio do transporte, enquanto as maiores — e parcialmente compensadoras — contribuições ascendentes vieram de alimentos, móveis e utensílios domésticos.
“Uma variedade de movimentos de preços contrários significou que a inflação teve pouca variação em maio”, comentou Richard Heys, economista-chefe interino do ONS, na quarta-feira (18).
“As passagens aéreas caíram este mês, em comparação com um grande aumento no mesmo período do ano passado, já que a Páscoa e as férias escolares afetaram os preços. Enquanto isso, os custos dos combustíveis também caíram.”
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A libra esterlina subiu 0,22% em relação ao dólar, para US$ 1,345, após a divulgação dos dados.
Em resposta aos dados, a ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, disse que o Tesouro tomou “as decisões necessárias para estabilizar as finanças públicas e controlar a inflação”, mas reconheceu que “há mais a fazer”.
Os dados de inflação serão o foco do Banco da Inglaterra, que tenta determinar o melhor curso para as taxas de juros em meio a uma inflação persistentemente alta e um crescimento econômico fraco.
A expectativa geral é de que o banco central mantenha as taxas de juros estáveis em sua próxima reunião, na quinta-feira (19), ciente das pressões inflacionárias. No entanto, os economistas esperam que as autoridades monetárias cortem as taxas em 25 pontos-base na próxima reunião, em agosto.
Os dados de inflação mais recentes “não farão com que o Banco da Inglaterra se desvie de sua trajetória trimestral de corte de juros”, disse Ruth Gregory, economista-chefe adjunta para o Reino Unido da Capital Economics, em comentários por e-mail na quarta-feira (18).
“Com a inflação de serviços ainda elevada em 4,7%, a pequena queda na inflação do IPC de 3,5% em abril para 3,4% em maio não levará o Banco da Inglaterra a se desviar de sua recente trajetória trimestral de corte de juros. O Banco parece determinado a manter as taxas inalteradas em 4,25% amanhã e esperamos o próximo corte de 25 pontos-base em agosto.”
No início deste ano, o Banco da Inglaterra afirmou que espera que a taxa de inflação suba para 3,7% no terceiro trimestre, antes de começar a esfriar no próximo ano. Com a eclosão de conflitos no Oriente Médio, os preços do petróleo e as cadeias de suprimentos podem ser ainda mais afetados, potencialmente elevando os preços ao consumidor mais do que o inicialmente esperado.
Rob Wood, economista-chefe da Pantheon Macroeconomics para o Reino Unido, afirmou que sua equipe espera que a inflação se mantenha em torno das taxas de inflação atuais pelo resto do ano, com uma média de 3,4%. Ele prevê que o pico será de 3,6% em setembro. A alta do preço do petróleo devido ao conflito entre Israel e o Irã pode elevar ainda mais esses números.
“Ainda não consideramos totalmente a alta dos preços do petróleo após os eventos no Oriente Médio — usamos uma média de preços de 15 dias para suavizar a volatilidade — mas precisaríamos elevar o pico da inflação para 3,7% se os preços do petróleo e do gás natural se mantiverem nos níveis atuais. Elevaríamos o pico para 3,8% se os preços do petróleo atingirem US$ 80 o barril e os preços do gás natural acompanharem esses aumentos proporcionalmente”, disse ele.
Os contratos futuros de petróleo bruto subiram mais de 4% na terça-feira (17), depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, exigiu uma “rendição incondicional” do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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