O presidente eleito Donald Trump ameaçou neste sábado (30) impor uma tarifa de 100% sobre os países do grupo BRICS, caso o bloco crie uma moeda própria e enfraqueçam o dólar americano.
“Precisamos de um compromisso de que eles não criarão uma nova moeda do BRICS, nem apoiarão qualquer outra moeda para substituir o poderoso dólar americano, ou enfrentarão tarifas de 100%,” escreveu Trump em seu site Truth Social, referindo-se ao grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e outros.
No mês passado, houve uma cúpula do BRICS em Kazan, na Rússia, onde os países debateram o aumento das transações em moedas locais e o fortalecimento de suas economias, com foco na redução da dependência do dólar.
O grupo BRICS se expandiu significativamente desde sua criação em 2009, e agora inclui países como Irã, Egito e Emirados Árabes Unidos. Juntos, a coalizão do BRICS representa uma parcela considerável da produção econômica mundial.
Na cúpula de Kazan, em outubro, o governo russo conseguiu uma declaração conjunta incentivando o “fortalecimento das redes bancárias correspondentes dentro do BRICS e possibilitando liquidações em moedas locais de acordo com a Iniciativa de Pagamentos Transfronteiriços do BRICS.”
Mas, ao final da cúpula, Putin indicou que pouco progresso foi feito no lançamento de um possível concorrente para o sistema de mensagens financeiras SWIFT, com sede na Bélgica.
“Quanto ao SWIFT e quaisquer alternativas, não criamos e não estamos criando nenhuma alternativa,” disse Putin aos repórteres após a cúpula.
Ele acrescentou: “Quanto a uma moeda unificada do BRICS, não estamos considerando essa questão no momento.”
Trump reafirmou seu compromisso com uma agenda protecionista, ameaçando impor pesadas tarifas a vizinhos e rivais. Em relação aos planos dos países do BRICS, ele alertou que, se avançarem, “devem se preparar para se despedir de vender para a maravilhosa economia dos EUA”, escreveu.
“Eles podem ir encontrar outro ‘trouxa!’ Não há chance de que o BRICS substitua o Dólar Americano no Comércio Internacional, e qualquer País que tentar deve acenar adeus para a América.”
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