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Investir no espaço: OTAN estende a mão ao setor espacial comercial
Publicado 27/06/2025 • 07:10 | Atualizado há 9 horas
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Publicado 27/06/2025 • 07:10 | Atualizado há 9 horas
KEY POINTS
Sede da OTAN, em Bruxelas, na Bélgica.
Flickr/OTAN/NATO
A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) concordou em abrir ainda mais seus recursos, e os atores do setor espacial e de defesa provavelmente estão se alinhando para se beneficiar. A nova estratégia espacial comercial da coalizão militar é a cereja do bolo.
Agora, a pedido do presidente dos EUA, Donald Trump, foi assinada uma promessa de mais que dobrar os gastos de defesa dos membros da aliança, de 2% para 5% do produto interno bruto até 2035. Cerca de 3,5% desse financiamento deve ser canalizado para defesa “pura”, enquanto os 1,5% restantes devem ser destinados à infraestrutura relacionada à segurança, como capacidades de guerra cibernética e inteligência.
Notavelmente, a OTAN reconheceu o espaço como um dos cinco domínios “operacionais”, juntamente com o ar, a terra, o mar e o ciberespaço, em 2019.
Dois anos depois, concluiu que ofensivas para, a partir ou dentro do espaço, podem representar uma ameaça à aliança e desencadear o infame Artigo 5, que prescreve um ataque a um membro como um ataque a todos. Analisando os detalhes, espera-se que a coalizão militar publique sua nova Doutrina Espacial 2026.
Se os aliados — especialmente a relutante Espanha — podem ou irão de fato atingir a meta de 5% é uma incógnita. Olhando os números da OTAN, somente a Polônia chegou perto de alocar essa fatia de seu PIB para fins de defesa no ano passado, com 4,12%, enquanto Washington dedicou apenas 3,38% de sua produção econômica a esse propósito.
Em geral, há muito a ser coberto. Na Europa, a escrita está na parede há alguns meses, depois que o bloco de 27 membros da União Europeia propôs mobilizar 800 bilhões de euros (US$ 936 bilhões) para gastos com defesa em março, enquanto a Alemanha relaxou suas regras de dívida fiscal para facilitar mais compras vinculadas à segurança. O Reino Unido começou o ano com a promessa de aumentar os gastos com defesa para 2,5% até abril de 2027, e o primeiro-ministro Keir Starmer se apressou em prometer que a meta de 5% será atingida até 2035.
Comunicação, navegação e vigilância são usos óbvios para capacidades espaciais na defesa, e isso antes mesmo de pensar em levar a guerra às estrelas. O ambicioso escudo de defesa Golden Dome de Trump — que seu governo estima em US$ 75 bilhões, mas alguns analistas dizem que custará muito mais — já atrai empresas como Boeing, Lockheed Martin e até mesmo empresas europeias para disputar uma fatia do orçamento. Recentemente, a fornecedora de imagens de satélite Planet Labs fechou um contrato de sete dígitos para fornecer capacidades de monitoramento e inteligência à própria OTAN.
E esse é o estado da arte entre as empresas espaciais voltadas para a defesa antes de revisitar o tópico controverso de se a Starlink de Elon Musk pode ser destronada com sucesso da Ucrânia, onde facilita o acesso a dados e comunicação pela internet para fins residenciais e militares.
Os bombardeios russos devastaram as redes móveis locais ao longo de sua invasão de três anos, tornando os serviços de comunicação via satélite de terceiros indispensáveis — mas o relacionamento próximo de Musk com um Trump volátil, cujo apoio a Kiev tem sido instável, levantou preocupações na Europa sobre a confiabilidade da Starlink a longo prazo. Resta saber se o confronto público visceral entre o presidente e o bilionário da tecnologia apagará essas preocupações entre os líderes europeus, que estão na maioria nisso para apoiar Kiev a longo prazo.
Segundo informações da última vez, a Europa ainda buscava um satélite alternativo campeão para superar a enorme dependência da Starlink na Ucrânia. A francesa Eutelsat, que já apoia as comunicações governamentais e institucionais no conturbado país do Leste Europeu, tem se beneficiado dessa iniciativa. Desde a fusão com a britânica OneWeb em 2023, a empresa francesa comanda mais de 650 satélites OneWeb em Órbita Terrestre Baixa (LEO em inglês), além de mais de 30 satélites geoestacionários.
A empresa recebeu um belo voto de confiança na semana passada, quando anunciou um aumento de capital de 1,35 bilhão de euros liderado pelo governo francês — que se tornará o maior acionista da empresa, com uma participação de 29,99% — e outros investidores, em uma tentativa de impulsionar suas capacidades de LEO. As ações subiram 31% como resultado, reforçando os ganhos registrados após a especulação inicial de que poderia substituir a Starlink na Ucrânia. É um bom aumento em relação às mínimas registradas no final de fevereiro, dias após um relatório de lucros semestrais mais fraco do que o esperado, influenciado por vendas de transmissão mais fracas e custos da empresa.
E esses tipos de atores privados oficialmente não são apenas uma consideração marginal para a OTAN. Nesta semana, a aliança lançou sua primeira Estratégia Espacial Comercial, enfatizando três objetivos: alavancar soluções comerciais, garantir acesso contínuo durante períodos de paz, crise ou conflito e fortalecer relacionamentos coerentes com o setor comercial.
O objetivo final, em última análise, é “ajudar os parceiros comerciais a entender melhor as necessidades da OTAN, investir e atender às medidas de segurança necessárias, inclusive para segurança cibernética, e expandir as capacidades de fabricação” — muitos passos a menos que a OTAN adquira seu próprio arsenal espacial, mas ainda assim um benefício potencial para empresas privadas que lidam com governos membros individuais.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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