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KEY POINTS
 
                            MARK SCHIEFELBEIN/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Membros do Corpo de Fílabos e Tambores da Velha Guarda do Exército dos Estados Unidos participam do desfile nas festividades do Dia da Independência dos EUA, realizada em frente ao Arquivo Nacional, em Washington, DC, nesta sexta-feira
A cidade de Washington acordou em festa, mas com uma inquietação no ar. É como se os fogos deste ano tivessem um significado a mais, uma pólvora política no estômago da nação. Porque neste 4 de julho de 2025, além da independência dos Estados Unidos, o país celebra a independência fiscal de Donald Trump. Ou pelo menos é assim que ele quer contar a história.
Sim, estou falando do One Big Beautiful Bill — aquele projeto orçamentário inchado, disputado voto a voto, polêmico, dramático, longo como um filme de Scorsese e agora, finalmente, sancionado com pompa presidencial.
Eu cobri tudo de perto.
Vi o céu de Washington virar cinza com as tempestades da véspera, vi congressistas correndo para garantir apoio, vi chantagens políticas disfarçadas de emendas técnicas. Vi também um presidente intempestivo, mas em êxtase, segurando sua caneta como quem segura a Constituição. E hoje, ele faz o gesto que vinha ensaiando há semanas: assinou o projeto com a promessa de fazer “o maior corte de impostos da história americana”.
É o tipo de coisa que só Donald Trump conseguiria fazer: transformar um projeto orçamentário tecnocrático e cheio de cortes impopulares em um evento patriótico com bandeiras ao vento em um dia de extremo calor.
Segundo a equipe econômica, o projeto é uma virada de jogo porque estimula o investimento privado, reduz a burocracia, valoriza quem trabalha e desincha o estado. O secretário do Tesouro chegou a dizer que o plano é uma libertação fiscal para o povo americano.
Mas… qual povo, exatamente?
Porque se a gente for olhar os números, o “povo” que mais ganha com esse projeto é o que já mora em cobertura com vista para o Potomac. Os mais ricos vão poder deduzir impostos estaduais, abater taxações de gorjetas, e ainda lucrar com incentivos corporativos. Já quem depende do Medicaid, do SNAP ou de bolsas educacionais, vai precisar fazer malabarismo com o orçamento. A classe média, como sempre, ficou no meio do tiroteio fiscal, com cortes em programas técnicos e aumento indireto em serviços públicos.
E mesmo assim, há quem comemore.
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Porque não se trata apenas de números. Trata-se de narrativa. De pertencimento. De quem controla o discurso — e neste palco, Trump é mestre de cerimônias.
Mas é Quatro de Julho, não é mesmo? E eu, como correspondente aqui em Washington, tento não esquecer a beleza do caos. Caminho entre turistas com bandeiras nas costas. Pego o celular e leio a nova diretriz sobre os cortes em educação técnica. Ao mesmo tempo, uma senhora de Ohio me pergunta onde vai ser a queima de fogos. “Ali, atrás do Capitólio”, respondo. É lá mesmo que costuma começar a queima — e às vezes o incêndio.
Trump venceu essa batalha política com discursos de autoajuda fiscal, frases de efeito e um timing impecável: sancionar a lei justamente no feriado que simboliza liberdade e independência. Não é coincidência. É roteiro.
Enquanto isso, na oposição, o silêncio está cheio de zumbido. Democratas acusam o plano de ser “um presente de aniversário para bilionários” e alertam para a “erosão dos programas sociais mais básicos”. Alguns dizem que o país não está celebrando uma independência, mas sim uma dependência crescente de quem tem mais e contribui menos.
Hoje à noite, toneladas de fogos de artifício vão estourar sobre Washington. Vai ter gente chorando de emoção. Vai ter criança tapando o ouvido. E vai ter eu, no meio da multidão, observando tudo, tentando decifrar o que é festa e o que é fumaça.
Feliz Quatro de Julho.
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