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“Não é favorável para quem está na base da pirâmide de renda”, diz ex-Banco Mundial e FMI sobre pacote orçamentário de Trump

Publicado 04/07/2025 • 21:23 | Atualizado há 13 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou nesta semana um novo pacote orçamentário que consolida cortes de impostos, aumento de recursos para segurança migratória e uma retomada da política tarifária.
  • O projeto, classificado por Trump como “o maior e mais abrangente da história”, foi aprovado no Congresso com margem apertada, sem votos do Partido Democrata.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou nesta semana um novo pacote orçamentário que consolida cortes de impostos, aumento de recursos para segurança migratória e uma retomada da política tarifária. O projeto, classificado por Trump como “o maior e mais abrangente da história”, foi aprovado no Congresso com margem apertada, sem votos do Partido Democrata.

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Em entrevista ao Jornal Times Brasil, do Times Brasil Licenciado – Exclusivo CNBC, o economista Otaviano Canuto, ex-vice-presidente do Banco Mundial e ex-diretor do FMI, afirmou que a medida tende a aprofundar a desigualdade de renda e acelerar a trajetória da dívida pública americana. “É grande, mas não necessariamente bonita”, disse Canuto. Segundo ele, os cortes beneficiam majoritariamente a parcela de maior renda da população, enquanto programas sociais, como o Medicaid, devem sofrer restrições.

“O efeito é de redução na carga tributária para a parcela de cima da população, com muito menos para o pessoal de baixo”, explicou Canuto. “O resultado tende a acirrar a trajetória explosiva da dívida pública americana.”

A nova lei também amplia dotações para ações de repressão à imigração ilegal. Para Canuto, esse ponto reforça a agenda política do governo. “Trump pode celebrar a vitória política, mas o projeto orçamentário não é favorável para quem está na base da pirâmide de renda.”

Trump também anunciou o envio de cartas a cerca de 10 a 12 países informando sobre a retomada de tarifas a partir de agosto, caso não haja acordo. “É provável que o Brasil receba uma dessas comunicações. As tarifas podem reafirmar os 10% definidos anteriormente”, disse Canuto, que também mencionou que Vietnã e Reino Unido são exceções devido a acordos recentes.

Canuto também alertou para os efeitos da nova rodada tarifária sobre a inflação. “As tarifas devem afetar principalmente preços de bens de consumo, que pesam mais para quem está na base da pirâmide. Se entrarem em vigor em agosto, é possível observar impacto inflacionário.”

Apesar da piora no cenário fiscal, Canuto avalia que o mercado não deve reagir de forma imediata. “A deterioração fiscal é gradual. O dinamismo da economia americana, especialmente nos setores tradicionais e tecnológicos, ainda sustenta o crescimento.”

O economista também destacou que, com os dados recentes de emprego, o Federal Reserve deve manter os juros em níveis elevados. “Os números fortalecem a decisão de esperar. Ainda não está claro se a inflação está cedendo o suficiente para justificar cortes.”

Ao final da entrevista, Canuto afirmou que o Brasil tem adotado uma postura pragmática nas negociações com os EUA. “A diversificação de mercados é positiva por si só. Em relação aos EUA, é preciso avaliar qual é a real chance de se obter condições melhores.”

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