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Ibovespa B3 cai pelo 5º dia e tem maior perda semanal desde dezembro de 2022

Publicado 11/07/2025 • 18:49 | Atualizado há 7 horas

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • Após ter renovado máxima histórica na sexta-feira anterior (4), na casa de 141 mil pontos, o Ibovespa B3 operou em baixa ao longo das cinco sessões desta semana, acumulando no intervalo perda de 3,59%.
  • Essa foi a maior queda desde o período entre 12 e 16 de dezembro de 2022.
  • Nesta sexta-feira (11), o índice oscilou entre 135.528,07 e 136.741,87 pontos, máxima quase correspondente ao nível de abertura (136.741,68), e ao fim mostrava baixa de 0,41%, aos 136.187,31 pontos, no menor nível desde 25 de junho.

Após ter renovado máxima histórica na sexta-feira anterior (4), na casa de 141 mil pontos, o Ibovespa B3 operou em baixa ao longo das cinco sessões desta semana, acumulando no intervalo perda de 3,59%, a maior desde o período entre 12 e 16 de dezembro de 2022. Assim, reverteu com sobras o avanço de 3,21% registrado na semana anterior.

Nesta sexta-feira (11), o índice oscilou entre 135.528,07 e 136.741,87 pontos, máxima quase correspondente ao nível de abertura (136.741,68). E ao fim mostrava baixa de 0,41%, aos 136.187,31 pontos, no menor nível desde 25 de junho.

Após o reforço visto ontem, o giro financeiro ficou em R$ 19,4 bilhões nesta sexta-feira. O petróleo subiu quase 3%, o que deu suporte às ações de Petrobras (ON +0,40%, PN +1,21%), contribuindo para mitigar as perdas do Ibovespa B3 na sessão, assim como o avanço do principal papel da carteira, Vale ON (+1,30%), que acompanhou a alta do minério de ferro na China.

Entre os grandes bancos, o dia foi negativo, com destaque para Itaú PN (-0,82%), a principal ação do segmento – mas as componentes do setor conseguiram conter o ajuste em direção ao fechamento. Na ponta ganhadora do Ibovespa B3, PetroReconcavo (+3,51%), MRV (+3,05%) e Prio (+2,20%). No lado oposto, Yduqs (-7,40%), BRF (-4,35%) e Marfrig (-4,17%).

No mês, o Ibovespa B3 cede 1,92%, mas ainda avança 13,22% no ano.

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“Hoje veio nova surpresa, com a taxação pelo Trump de produtos do Canadá, o que contribuiu para a quinta queda consecutiva do Ibovespa B3 e avanço, na semana, dos vértices mais longos da curva de juros”, disse Guilherme Petris, operador de renda variável da Manchester Investimentos, destacando, na sessão, o ajuste negativo um pouco mais acentuado nas ações de empresas e setores mais expostos a juros.

“O momento ainda é de grande volatilidade, com a retomada dos temores globais em torno do tarifaço comunicado por cartas”, ele completou.

Ambiente de incerteza

As novas tarifas anunciadas nesta semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, complicaram ainda mais o cenário para a inflação, disse nesta sexta-feira o presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central) de Chicago, Austan Goolsbee. O quadro dificulta que Goolsbee apoie os cortes de juros pelos quais Trump tem pressionado.

Nesse ambiente de maior incerteza, o mercado está mais cético quanto ao desempenho das ações na próxima semana, mostra o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira.

As expectativas para o comportamento do Ibovespa B3 se dividem entre estabilidade (80,00%) e queda (20,00%), sem nenhuma resposta indicando alta. Na pesquisa anterior, 50,00% esperavam ganhos para o índice nesta semana; 25,00%, variação neutra; e 25,00%, baixa.

“O Brasil virou, no momento, o país mais tarifado pelos EUA, o que assusta investidores e ajuda a explicar a desvalorização recente do real. O problema não é só comercial, mas também de percepção. O país ficou isolado em um movimento que não atinge outros parceiros”, observa Leonardo Neves, analista da Constância Investimentos, destacando em especial o efeito sobre empresas como Embraer, Tupy e WEG, com exposição a vendas para o mercado americano.

“Se essas tarifas de 50% realmente forem mantidas, muda bastante o cenário para quem tem forte presença nos EUA”, acrescenta o analista.

Para Bruna Centeno, economista, sócia e advisor na Blue3 Investimentos, a atenção permanece voltada à abertura de negociações bilaterais para que se tenha uma indicação mais clara sobre o que ocorrerá em 1º de agosto com relação ao segundo parceiro comercial do Brasil, os EUA.

“De ontem para hoje, o presidente Lula, ainda que tenha mantido a defesa da soberania como prerrogativa, pareceu optar por um tom mais moderado. E Trump indicou também que deve conversar com o presidente Lula em algum momento. Mas o cenário de fundo ainda é de grande incerteza”, ela afirmou.

Para baixar a fervura do momento, o governo brasileiro descarta, ao menos nos próximos dias, o uso da cadeia nacional de rádio e televisão para se posicionar contra o “tarifaço” imposto por Trump. Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast Político, nos bastidores do governo Lula, ainda há discussão se um pronunciamento público do presidente pode vir a ser realizado no futuro.

“Apesar de o dólar estar subindo de forma generalizada no nível global, fica claro que o impacto tem sido maior no Brasil, dado as incertezas nas negociações tarifárias e a posição a ser adotada pelo governo brasileiro junto ao governo americano”, diz Karine Damiati, sócia da AVG Capital.

Embora praticamente estável no fechamento da sessão desta sexta-feira, o dólar à vista acumulou, na semana, ganho de 2,26% frente ao real, na casa de R$ 5,54.

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