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Tarifas de Trump ameaçam 145 mil empregos e mil exportadoras no RS, alerta Fiergs

Publicado 11/07/2025 • 22:05 | Atualizado há 10 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul estima que medida dos EUA pode comprometer competitividade e empregos na indústria local.
  • Setor cobra solução diplomática até 1º de agosto.

O anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, feito pelo presidente Donald Trump, acendeu o alerta na indústria do Rio Grande do Sul. Segundo a Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), o impacto direto pode atingir cerca de mil empresas exportadoras e mais de 145 mil empregos vinculados à indústria de transformação.

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Luciano D’Andrea, gerente de Relações Internacionais da Fiergs, afirmou em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC que o estado é particularmente sensível à medida, devido à forte presença de manufaturas com destino ao mercado norte-americano.

“O Rio Grande do Sul é um estado industrializado e internacionalizado. Os Estados Unidos são o segundo maior destino das nossas exportações. Essa tarifa coloca em risco anos de inserção em mercados estratégicos”, disse.

Atingidos por setor: calçados, aço e autopeças

Entre os setores mais expostos estão calçados, madeira, papel e celulose, autopeças e tabaco. No caso da indústria do aço, empresas como a Gerdau – que possui operações nos Estados Unidos – podem sentir menos o impacto, mas a Fiergs alerta que produtores que exportam diretamente do Brasil estão mais vulneráveis. “A indústria siderúrgica brasileira já sofre com tarifas anteriores, e a ampliação para 50% seria crítica”, afirmou D’Andrea.

O executivo também destacou que, das 3,5 mil empresas exportadoras gaúchas, cerca de mil vendem para os EUA. Essas empresas são responsáveis por empregar mais de 145 mil trabalhadores, o equivalente a 22% dos empregos industriais do estado.

Reação deve priorizar o diálogo

D’Andrea ressaltou que a Fiergs defende uma resposta por vias diplomáticas. A entidade aguarda reuniões com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para alinhar um posicionamento unificado do setor. “Não recomendamos retaliações imediatas. A prioridade deve ser o diálogo e a construção de uma solução negociada”, disse.

Segundo ele, alternativas como buscar novos mercados ou realocar a produção não são viáveis no curto prazo para produtos manufaturados. “No caso de commodities, há maior flexibilidade. Já calçados, peças industriais e bens de consumo possuem vínculos com design, marca e assistência técnica, o que dificulta a troca de destino”, explicou.

Lei da Reciprocidade pode afetar importações

Em cenário de escalada tarifária, a possível aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica pelo Brasil também preocupa a indústria gaúcha. D’Andrea lembrou que os Estados Unidos são o terceiro maior fornecedor de produtos para o estado, atrás de Argentina e China, e que boa parte dessas importações são insumos produtivos – como maquinário, fertilizantes e derivados de petróleo.

No caso do Rio Grande do Sul, mais de 54% das importações do estado envolvem produtos refinados de petróleo, com destaque para a refinaria Alberto Pasqualini, da Petrobras. “Uma retaliação generalizada pode gerar inflação de custos, prejudicar a cadeia produtiva e impactar combustíveis e energia”, alertou.

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