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CNI defende negociar com EUA antes de aplicar retaliação
Publicado 15/07/2025 • 12:47 | Atualizado há 19 horas
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Publicado 15/07/2025 • 12:47 | Atualizado há 19 horas
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Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil.
Presidente da CNI, Ricardo Alban.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, defendeu a continuidade das negociações com os Estados Unidos antes de qualquer medida de retaliação comercial. A posição foi definida durante reunião virtual realizada no domingo (14) com os presidentes de federações estaduais da indústria.
“Antes (de retaliar), é preciso esgotar toda e qualquer possibilidade de negociação”, afirmou Alban.
O tema será tratado nesta terça-feira (15) em encontro entre empresários e representantes do governo federal no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Participam os ministros Geraldo Alckmin (MDIC), Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos).
Durante a reunião, Alban reiterou a solicitação para que o governo negocie com os Estados Unidos a prorrogação de 90 dias no início da vigência da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
“Estamos falando aqui só de perde-perde. Não tem ganha-ganha. Perde a indústria, perde a economia, perde o social. Gostaríamos de colocar na mesa um adiamento de 90 dias no prazo para início da vigência (da tarifa)”, disse Alban. “Queremos colocar a discussão de acordos setoriais e bilaterais. Discutir bitributação”, completou.
Segundo estimativa preliminar do setor industrial, a medida pode resultar na eliminação de pelo menos 110 mil postos de trabalho e gerar impacto negativo sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
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O vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, destacou que o governo federal vai trabalhar para reverter a decisão dos Estados Unidos, que classificou como “completamente inadequada”. Ele lembrou que o país norte-americano mantém superávit comercial com o Brasil há 15 anos e que a tarifa média aplicada aos produtos americanos exportados para o mercado brasileiro é de 2,7%.
“Temos uma importante complementariedade econômica. É importante conversarmos com os parceiros americanos no setor industrial para mostrarmos que a medida encarece também os produtos deles”, afirmou Alckmin.
Ricardo Alban defendeu que o governo e o setor privado atuem de forma objetiva nas tratativas. “O que não queremos neste momento é perder a razão. É importante essa parceria. É muito difícil o setor industrial encontrar alternativas de médio prazo para substituir esse mercado dos EUA”, declarou.
A reunião no MDIC conta com a participação de empresários e representantes de associações industriais, entre eles o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Josué Gomes da Silva; o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso; a presidente-executiva da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), Janaína Donas; o presidente emérito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções (Abit), Fernando Pimentel; o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Haroldo Ferreira; o CEO da Tupy, Rafael Lucchesi; e o CEO da Embraer, Francisco Gomes.
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