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“É um perde-perde dos dois lados”, diz presidente da Findes sobre possível taxação dos EUA

Publicado 17/07/2025 • 12:46 | Atualizado há 9 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) acompanha com preocupação os desdobramentos de uma possível taxação dos Estados Unidos sobre produtos importados do Brasil, medida que pode afetar diretamente setores estratégicos da economia capixaba.
  • Segundo Baraona, entre os setores mais expostos estão pelotas de aço, papel e celulose, café e rochas ornamentais. Ele destacou que quase 80% da produção capixaba de rochas ornamentais é destinada aos Estados Unidos, com aumento recente na exportação de chapas e projetos prontos, em vez de blocos brutos.

A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) acompanha com preocupação os desdobramentos de uma possível taxação dos Estados Unidos sobre produtos importados do Brasil, medida que pode afetar diretamente setores estratégicos da economia capixaba.

“É um perde-perde dos dois lados”, afirmou Paulo Baraona, presidente da Findes, em entrevista ao Real Time, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC. Para ele, a medida impactaria tanto os exportadores brasileiros quanto as empresas americanas que dependem dos insumos fornecidos pelo Espírito Santo.

Segundo Baraona, entre os setores mais expostos estão pelotas de aço, papel e celulose, café e rochas ornamentais. Ele destacou que quase 80% da produção capixaba de rochas ornamentais é destinada aos Estados Unidos, com aumento recente na exportação de chapas e projetos prontos, em vez de blocos brutos.

Exportações para os EUA

Atualmente, cerca de 30% das exportações do Espírito Santo têm como destino os Estados Unidos. No setor de papel e celulose, uma fábrica localizada em Aracruz envia 51% de sua produção para o mercado norte-americano.

De acordo com o presidente da Findes, a balança comercial do estado é positiva em relação aos EUA, diferentemente da balança nacional. Ele avalia que uma taxação poderia gerar desequilíbrios importantes na economia local e afetar o fluxo de negócios com os parceiros norte-americanos.

Baraona também informou que a Findes atua em conjunto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e com o governo federal, especialmente com o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, para buscar soluções diplomáticas. “O objetivo hoje é abrir um diálogo bastante intensivo para que a gente possa de fato entender e ultrapassar esse processo”, disse.

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Dificuldade de realocação

O dirigente industrial avalia que, enquanto o café pode ser realocado para outros mercados, como a China, os demais produtos enfrentam maiores dificuldades logísticas e comerciais. “É mais difícil porque são produtos muito específicos, como é o caso da celulose e do aço”, declarou. Ele ressaltou que há um descompasso entre a produção já em curso e os tempos necessários para reposicionar mercadorias em outros mercados.

Segundo Baraona, empresas capixabas já começaram a desenvolver planos alternativos, mas o processo não é simples. “Quando você perde o mercado e ele é preenchido por outro fornecedor, depois é muito difícil reconquistar”, afirmou.

Negociação e incerteza

Até o momento, não há confirmação oficial por parte do governo norte-americano. A preocupação da Findes se baseia em declarações feitas nas redes sociais pelo presidente Donald Trump. “Na verdade, não existe documento oficial ainda, não existe nada oficial ainda de comunicação ao Brasil”, disse.

Apesar disso, a entidade avalia que é necessário agir preventivamente para mitigar os possíveis impactos. Baraona concluiu que a exportação “não é um processo de venda simples”, pois envolve logística complexa, planejamento e construção de relações comerciais duradouras.

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