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CEO da Tupy chama tarifa de Trump de “embargo comercial” e alerta para prejuízos bilaterais
Publicado 17/07/2025 • 17:04 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 17/07/2025 • 17:04 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
O aumento tarifário de até 50% sobre produtos importados do Brasil anunciado por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, gerou tensão diplomática e foi recebido com críticas por empresários e autoridades brasileiras, principalmente porque os EUA mantêm superávit comercial com o Brasil. Entre os setores mais afetados está o de autopeças e fundição, onde atua a Tupy, multinacional brasileira com presença global.
Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Rafael Lucchesi, CEO da empresa, afirmou que recebeu a notícia com muita apreensão. “Hoje, 70% dos caminhões médios e pesados em circulação nos EUA utilizam blocos e cabeçotes da Tupy. Esses componentes estão presentes em motores da Cummins, da Ford, da DAF, da Caterpillar. É uma integração profunda, construída ao longo de décadas. Romper isso com uma tarifa punitiva representa um retrocesso para ambos os países”, afirmou.
Lucchesi diz ainda que a medida de Trump não tem sentido com base na relação comercial entre Brasil e EUA. “Nos últimos 15 anos, os EUA tiveram superávit de mais de US$ 400 bilhões em sua relação com o Brasil. Só na última década, foram US$ 90 bilhões de superávit em bens, e mais US$ 170 bilhões em serviços. Na prática, essa tarifa configura um embargo comercial que prejudica não só a indústria brasileira, mas também as cadeias produtivas americanas”.
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Segundo o executivo, a insatisfação com a medida não se limita ao Brasil. “A posição da Câmara de Comércio dos Estados Unidos foi absolutamente contrária à nova tarifa. Eles afirmaram com todas as letras que a decisão vai impactar negativamente mais de 6.500 empresas norte-americanas, aumentar a inflação e prejudicar diretamente o consumidor americano”.
A Tupy também vai sentir o impacto, explica Lucchesi. “Vendemos para 40 países, mas os EUA são o principal destino: 23% das nossas exportações vão para lá, o que representa 14% da nossa receita total. E não é simples realocar essa produção, pois estamos falando de contratos de fornecimento que levam até dois anos para serem homologados”.
Apesar do cenário, o CEO acredita na força do diálogo institucional. “O setor produtivo, liderado pela CNI, já levou esse alerta ao vice-presidente Geraldo Alckmin, e o compromisso do governo é buscar, com serenidade e firmeza, uma solução negociada. Estamos trabalhando em conjunto com o governo brasileiro para abrir canais de diálogo e construir uma ponte de entendimento”.
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