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Haddad critica Trump e Bolsonaro por tarifa de 50%: “país sendo sacrificado por um soldado”
Publicado 17/07/2025 • 19:49 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 17/07/2025 • 19:49 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
ECONOMIA - Foto de ontem, 16 de julho de 2025, mostra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, realizada na sede do Ministério, em Brasília. Haddad não poupou críticas à atuação da família Bolsonaro após a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de sobretaxar em 50% as exportações brasileiras. Na carta em que promete impor a nova tarifa em 1° de agosto, Trump cita o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe. "Nós vamos sacrificar o Brasil por causa do Bolsonaro? Ele que devia estar se sacrificando pelo Brasil", disse o ministro.
Wilton Júnior/Estadão Conteúdo
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou em entrevista que o Brasil vai superar as ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – de taxar produtos brasileiros em 50% a partir de agosto. E foi além. O atual Ministro da Economia criticou abertamente a família Bolsonaro, a quem enxerga como pessoas que atentam contra a soberania do Brasil: “é um país sendo sacrificado por um soldado”, afirmou.
Também criticou o apoio de Trump ao ex-presidente. “Vamos sacrificar o Brasil por causa do Bolsonaro? Ele que devia estar se sacrificando pelo Brasil”.
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Ao analisar o impacto econômico das tarifas, o ministro destacou a fragmentação das cadeias produtivas. Citou exemplos como aviões da Embraer (com componentes americanos) e suco de laranja (envasado nos EUA), questionando a lógica de taxar produtos que encareceriam o café da manhã dos norte-americanos.
O ministro ainda revelou que negociações com os EUA começaram em maio, quando o Brasil propôs taxa de 10%. Mesmo após reuniões com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent – que sinalizou abertura –, a tarifa de 50% foi imposta sem resposta. “Se com 10% havia espaço para negociação, do que estamos falando?”, indagou, sugerindo que os EUA adotassem o Pix em vez de combatê-lo. Na última semana, Haddad chegou a chamar a taxação atual de “insustentável”.
Ao abordar o assunto das contas públicas, Haddad esclareceu que a agenda do ministério já está definida, mas grandes reformas são improváveis em 2026 devido às eleições. Rejeitou, ainda, a ideia de que o governo inflama conflitos entre classes sociais, defendendo que medidas como aumento do IOF buscam justiça tributária.
Haddad expressou esperança de que Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, adote o projeto de isenção de IR para rendas de até R$ 5 mil como uma reforma emblemática. Vale lembrar que o ministro e o presidente da Câmara se reuniram recentemente para tratar do IOF, cuja possibilidade de aumento foi mantida pelo Supremo Tribunal Federal, sob determinadas condições.
Sobre a reforma do IR, Haddad reiterou que Hugo Motta poderia transformar a isenção fiscal em seu legado. Enquanto Motta prioriza a reforma administrativa, o ministro defende que combater a desigualdade via tributação é mais urgente: “ninguém aqui vem fazer lobby a favor de pobre, vem todo mundo […] a favor do morador da cobertura”.
Haddad rebateu críticas sobre polarização social, citando pesquisa da Quaest que rejeita o discurso de “ricos x pobres”. Frisou que a meta é justiça tributária, lembrando que a alíquota de IR de milionários equivale à de uma professora da rede pública: “osso é colocar ricos contra pobres?”.
Quanto às dificuldades legislativas, o ministro enfatizou a necessidade de aprovar medidas menos complexas primeiro. Entre elas citou a lei de inteligência artificial, Redata (data centers), Lei de Falências e garantias para crédito via Pix. Concluiu que, embora grandes reformas sejam inviáveis antes do fim do governo, a agenda de medidas avança progressivamente.
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