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Haddad critica Trump e Bolsonaro por tarifa de 50%: “país sendo sacrificado por um soldado”

Publicado 17/07/2025 • 19:49 | Atualizado há 8 horas

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • Haddad afirmou que Brasil superará as tarifas de 50% dos EUA e criticou a família Bolsonaro, declarando: "é um país sendo sacrificado por um soldado".
  • O ministro defendeu medidas como aumento do IOF como busca por justiça fiscal, rejeitando acusações de polarização social. Admitiu que grandes reformas são improváveis em 2026 (ano eleitoral), priorizando projetos como isenção de IR para rendas de até R$ 5 mil.
  • Ele ainda revelou que proposta brasileira de taxa de 10% foi ignorada, resultando em tarifa unilateral de 50%. Criticou a incoerência de taxar produtos com cadeias integradas (ex: aviões da Embraer com peças EUA), que encareceriam itens como suco de laranja consumidos por americanos.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou em entrevista que o Brasil vai superar as ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – de taxar produtos brasileiros em 50% a partir de agosto. E foi além. O atual Ministro da Economia criticou abertamente a família Bolsonaro, a quem enxerga como pessoas que atentam contra a soberania do Brasil: “é um país sendo sacrificado por um soldado”, afirmou.

Também criticou o apoio de Trump ao ex-presidente. “Vamos sacrificar o Brasil por causa do Bolsonaro? Ele que devia estar se sacrificando pelo Brasil”.

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Tarifa dos EUA e o questionamento sobre lealdade

Ao analisar o impacto econômico das tarifas, o ministro destacou a fragmentação das cadeias produtivas. Citou exemplos como aviões da Embraer (com componentes americanos) e suco de laranja (envasado nos EUA), questionando a lógica de taxar produtos que encareceriam o café da manhã dos norte-americanos.

O ministro ainda revelou que negociações com os EUA começaram em maio, quando o Brasil propôs taxa de 10%. Mesmo após reuniões com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent – que sinalizou abertura –, a tarifa de 50% foi imposta sem resposta. “Se com 10% havia espaço para negociação, do que estamos falando?”, indagou, sugerindo que os EUA adotassem o Pix em vez de combatê-lo. Na última semana, Haddad chegou a chamar a taxação atual de “insustentável”.

Ao abordar o assunto das contas públicas, Haddad esclareceu que a agenda do ministério já está definida, mas grandes reformas são improváveis em 2026 devido às eleições. Rejeitou, ainda, a ideia de que o governo inflama conflitos entre classes sociais, defendendo que medidas como aumento do IOF buscam justiça tributária.

Haddad expressou esperança de que Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, adote o projeto de isenção de IR para rendas de até R$ 5 mil como uma reforma emblemática. Vale lembrar que o ministro e o presidente da Câmara se reuniram recentemente para tratar do IOF, cuja possibilidade de aumento foi mantida pelo Supremo Tribunal Federal, sob determinadas condições.

Sobre a reforma do IR, Haddad reiterou que Hugo Motta poderia transformar a isenção fiscal em seu legado. Enquanto Motta prioriza a reforma administrativa, o ministro defende que combater a desigualdade via tributação é mais urgente: “ninguém aqui vem fazer lobby a favor de pobre, vem todo mundo […] a favor do morador da cobertura”.

Haddad rebateu críticas sobre polarização social, citando pesquisa da Quaest que rejeita o discurso de “ricos x pobres”. Frisou que a meta é justiça tributária, lembrando que a alíquota de IR de milionários equivale à de uma professora da rede pública: “osso é colocar ricos contra pobres?”.

Quanto às dificuldades legislativas, o ministro enfatizou a necessidade de aprovar medidas menos complexas primeiro. Entre elas citou a lei de inteligência artificial, Redata (data centers), Lei de Falências e garantias para crédito via Pix. Concluiu que, embora grandes reformas sejam inviáveis antes do fim do governo, a agenda de medidas avança progressivamente.

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