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Trump pede que AG Bondi solicite a liberação das transcrições do grande júri no caso Epstein

Publicado 18/07/2025 • 08:47 | Atualizado há 8 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • O presidente Donald Trump, sob crescente pressão para divulgar publicamente arquivos do Departamento de Justiça relacionados a Jeffrey Epstein, afirmou na noite de quinta-feira (17) que solicitou à procuradora-geral Pam Bondi que peça a liberação dos testemunhos do grande júri ligados ao processo criminal.
  • Bondi respondeu em uma postagem nas redes sociais: “Presidente Trump — estamos prontas para entrar com o pedido na Justiça amanhã para abrir as transcrições do grande júri.”
Imagem de arquivo - 10 de janeiro de 2024. O deputado dos Estados Unidos, Jared Moskowitz, democrata da Flórida, segura um painel com uma foto de Jeffrey Epstein e Donald Trump , durante uma reunião do Comitê de Supervisão e Responsabilidade da Câmara.

IMAGO/MediaPunch via Reuters Connect

Imagem de arquivo - 10 de janeiro de 2024. O deputado dos Estados Unidos, Jared Moskowitz, democrata da Flórida, segura um painel com uma foto de Jeffrey Epstein e Donald Trump , durante uma reunião do Comitê de Supervisão e Responsabilidade da Câmara.

O presidente Donald Trump, sob crescente pressão para divulgar publicamente arquivos do Departamento de Justiça relacionados a Jeffrey Epstein, afirmou na noite de quinta-feira (17) que solicitou à procuradora-geral Pam Bondi que peça a liberação dos testemunhos do grande júri ligados ao processo criminal contra o notório pedófilo.

Bondi respondeu em uma postagem nas redes sociais: “Presidente Trump — estamos prontas para entrar com o pedido na Justiça amanhã para abrir as transcrições do grande júri.”

O anúncio de Trump veio poucas horas após o Wall Street Journal divulgar que uma carta de tom irreverente assinada por ele estava incluída em um álbum de cartas recebidas por Epstein em seu aniversário de 50 anos, em 2003.

Segundo o jornal, a carta fazia parte dos documentos “analisados por autoridades do Departamento de Justiça que investigaram Epstein” e sua aliciadora condenada, Ghislaine Maxwell, “anos atrás”.

“Diante da quantidade ridícula de atenção dada a Jeffrey Epstein, pedi à procuradora-geral Pam Bondi que produza todo e qualquer testemunho relevante do grande júri, sujeito à aprovação judicial”, escreveu Trump em publicação no Truth Social.

“Essa FARSA, perpetuada pelos democratas, deve acabar agora!”, acrescentou o presidente.

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Não está claro se o Departamento de Justiça conseguirá convencer um juiz federal em Nova York, onde Epstein foi investigado, a liberar as transcrições que resultaram em sua acusação em 2019 por tráfico sexual de menores.

Transcrições de grandes júris são, em regra, mantidas em sigilo segundo as normas do processo penal federal, que preveem exceções limitadas e restritas.

Também não se sabe se, mesmo liberadas, essas transcrições atenderiam aos críticos da recente decisão de Bondi de não divulgar mais documentos ou provas relacionadas a Epstein. As transcrições representariam apenas uma fração do material reunido por promotores e pelo FBI.

“Boa tentativa, @AGPamBondi”, escreveu o deputado Daniel Goldman, democrata de Nova York, no X (antigo Twitter), na noite de quinta-feira (18).

“E quanto a vídeos, fotografias e outras gravações? E quanto aos formulários 302 do FBI (entrevistas com testemunhas)? E os textos e e-mails?”, continuou Goldman. “É aí que estão as evidências sobre Trump e outros. O testemunho do grande júri só tratará de Epstein e Maxwell.”

O senador Mike Lee, republicano de Utah, classificou o anúncio de Bondi como “ENORME”, mas acrescentou: “Espero e acredito que este seja o primeiro de vários passos para que o público saiba o que aconteceu.”

O caso de Epstein gerou diversas teorias da conspiração entre os apoiadores de Trump da base MAGA.

Esses apoiadores questionam a conclusão oficial de que Epstein se suicidou enquanto estava sob custódia em uma prisão de Manhattan, em agosto de 2019, um mês após ser preso pelas acusações movidas na Corte do Distrito Sul de Nova York.

Eles também exigem a divulgação do que acreditam ser uma “lista de clientes” mantida por Epstein, possivelmente usada para chantagear pessoas ricas e influentes de seu círculo. Também defendem que outras pessoas sejam responsabilizadas por seus crimes.

Trump foi, durante anos, amigo de Epstein, antes de um desentendimento. O financista, conhecido por sua discrição, também tinha como conhecidos o então presidente Bill Clinton e o príncipe Andrew, do Reino Unido.

Trump responsabilizou os democratas pelas pressões para liberar os arquivos de Epstein. No entanto, um número crescente de republicanos, incluindo seu ex-vice-presidente, Mike Pence, e membros do Congresso, tem defendido que Bondi divulgue mais material.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse mais cedo na quinta-feira que Trump “não recomendaria a nomeação de um promotor especial” para revisar a condução do processo criminal contra Epstein, apesar dos apelos de alguns de seus apoiadores por essa medida.

O FBI, em um memorando divulgado neste mês pelo Departamento de Justiça, afirmou que uma “revisão sistemática” dos arquivos do caso Epstein não encontrou nenhuma “lista de clientes” incriminadora.

“Também não foram encontradas evidências críveis de que Epstein tenha chantageado indivíduos proeminentes como parte de suas ações”, dizia o memorando. “Não encontramos provas que sustentassem uma investigação contra terceiros não acusados.”

O documento também reiterou a conclusão oficial anterior de que Epstein cometeu suicídio e incluiu um vídeo confirmando que “desde o momento em que Epstein foi trancado em sua cela, por volta das 22h40 de 9 de agosto de 2019, até cerca de 6h30 da manhã seguinte, ninguém entrou em nenhum dos andares da” ala especial da prisão de Manhattan.

No entanto, a revista Wired relatou, no início desta semana, que “metadados recentemente descobertos revelam que quase três minutos de filmagem foram cortados do que o Departamento de Justiça dos EUA e o FBI descreveram como o vídeo bruto completo de vigilância da única câmera em funcionamento próxima à cela de Jeffrey Epstein na noite anterior à sua morte.”

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