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“A carga tributária no Brasil é alta e sempre vai gerar reação”, diz Rodrigo Maia
Publicado 13/06/2025 • 10:32 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 13/06/2025 • 10:32 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
O presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, avaliou que o governo enfrenta dificuldades para equilibrar o orçamento e que, diante da atual estrutura de despesas obrigatórias, a reação da sociedade a qualquer tentativa de aumento de impostos continuará sendo significativa.
“A carga tributária média no Brasil é alta e sempre vai gerar uma reação grande da sociedade”, afirmou Maia, durante entrevista ao Real Time, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC. Segundo ele, a resistência não se restringe a medidas recentes, mas faz parte de um histórico político e fiscal do país.
A fala ocorreu no contexto da nova Medida Provisória (MP) editada pelo governo federal, que altera a tributação sobre aplicações financeiras. Maia reconheceu que a medida afeta diretamente o setor financeiro, mas ponderou que o problema fiscal brasileiro ultrapassa a arrecadação e exige revisão do modelo de despesas.
“Enquanto o governo não der liberdade para o ministro Haddad tratar das políticas que pressionam muito o orçamento, ele não tem alternativa, a não ser buscar caminhos pela arrecadação”, disse.
Para o dirigente da CNF, dois pontos concentram as maiores pressões sobre o orçamento: o aumento real do salário mínimo e a vinculação constitucional de recursos para saúde e educação. Segundo ele, essas despesas crescem de forma automática, limitando a capacidade de planejamento do governo. “Você arrecada para cobrir parte da despesa e essa arrecadação já está automaticamente criando nova despesa”, declarou.
Maia também defendeu a necessidade de rever benefícios tributários, como a dedução integral de despesas médicas do Imposto de Renda, prática que, segundo ele, favorece as faixas de renda mais altas. Ele afirmou que a redução gradual de incentivos poderia colaborar para o ajuste fiscal sem a necessidade de elevação da carga sobre setores já onerados.
Sobre a estrutura tributária brasileira, o ex-presidente da Câmara criticou a existência de três alíquotas de Imposto de Renda para empresas, acrescidas da contribuição social. Ele propôs a unificação das alíquotas ou a redução das mais altas, em vez de tributar ainda mais setores atualmente beneficiados.
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Questionado sobre o papel do Parlamento na agenda fiscal, Maia destacou que o avanço de reformas depende de iniciativa e articulação do Executivo. Ele citou a experiência da reforma da Previdência, que só evoluiu após o envio da proposta pelo governo e a participação efetiva do então Ministério da Economia.
Por fim, Rodrigo Maia afirmou não ter planos de retornar à política partidária, mas seguirá atuando na política institucional, representando o setor financeiro e participando do debate de políticas públicas. “O setor financeiro está na vida das pessoas todos os dias. É importante que a gente possa aproximar ainda mais esse setor da sociedade”, concluiu.
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