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Abiplast alerta: tarifas de Trump podem prejudicar setor de plástico no Brasil

Publicado 12/03/2025 • 20:15 | Atualizado há 5 meses

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • Não existe uma taxação direta sobre o plástico, porém as tarifas sobre o alumínio, por exemplo, causam incertezas sobre o setor de embalagens.
  • Plástico embala 80% dos alimentos e bebidas no Brasil e a embalagem representa de 15 a 25% do custo de produção.
  • "Presidente Trump fala isso desde a época das eleições, então eu não sei por que o povo está surpreso com tudo isso", diz presidente da Abiplast.

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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, virou assunto nos últimos dias por conta das tarifas que ele impôs em vários produtos, entre eles o aço e o alumínio. Tais tarifas podem ter impacto sobre outros itens importantes, como o plástico. É o que alerta José Ricardo Roriz em entrevista exclusiva ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, nesta quarta-feira (12). O presidente da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) comentou sobre como as tarifas dos EUA podem afetar esse setor.

Não existe uma taxação direta sobre o plástico, porém as tarifas sobre o alumínio, por exemplo, causam incertezas sobre o setor de embalagens. “A tarifa média anual de resinas plásticas que nós consumimos para produzir todos os produtos plásticos no Brasil é em torno de 7,2 milhões de toneladas por ano. A média mundial de tarifa é 6,5%, aqui no Brasil é 20%, e além disso tem a discriminação que chega a 21-22%. Então é uma tarifa muito alta e, sem dúvida alguma, corremos um risco muito grande”, explicou Roriz.

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O executivo ressaltou ainda que, para o Brasil, é melhor ter uma taxa como as tarifas mundiais, que é de 6,5%, pois assim não ficamos correndo risco de retaliação e, além disso, ficamos mais competitivos no mundo.

Já que o plástico embala 80% dos alimentos e bebidas no Brasil, Roriz avalia que o aumento no preço dos alimentos no Brasil tem relação com a embalagem, que representa de 15 a 25% do custo de produção. A alta prejudica os brasileiros e nos coloca vulneráveis a essa guerra de aumento de tarifas.

“O que está acontecendo agora é que alguns estão se surpreendendo, mas o presidente Trump fala isso desde a época das eleições, então eu não sei por que o povo está surpreso com tudo isso”, disse ele.

Roriz ainda chamou atenção para o fato de que onde tem PIB, tem plástico. “Existe uma correlação de 95% na indústria de bebidas, alimentícia, produtos de limpeza, entre outros objetos e matérias. Então, se você tem uma alíquota alta aqui no Brasil, acaba prejudicando outros setores que dependem do plástico.”

O presidente da Abiplast complementou dizendo que existem boas e muitas possibilidades para o Brasil no meio dessa guerra comercial.

“O Brasil se tornou o maior exportador de produtos industrializados do mundo, e o Brasil pode exportar para os países que estão tendo diversos atritos comerciais com os Estados Unidos. Vai haver uma resistência dos Estados Unidos para a entrada dos produtos lá, e os Estados Unidos também terão dificuldade para exportar para esses países. Então, nós poderíamos estar exportando mais, tendo muito mais produtos competitivos, e quem embala os produtos é o plástico. Para nós, existem muitas oportunidades nessa guerra comercial. Eu diria que existem mais oportunidades do que problemas. O problema que temos é a tarifa muito alta aqui no Brasil, que destoa da média mundial”, finalizou.

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