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“Se manter esse número de 50%, a catástrofe pode acontecer”, diz presidente da Abrafrutas sobre tarifa dos EUA
Publicado 14/07/2025 • 08:26 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 14/07/2025 • 08:26 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
As exportações de frutas brasileiras para os Estados Unidos podem sofrer forte impacto caso a taxação adicional de 50% sobre determinados produtos seja confirmada. A medida ameaça, principalmente, o setor de manga, que é a principal fruta brasileira vendida para o mercado norte-americano.
“Se manter esse número de 50%, a catástrofe pode acontecer, porque essa manga vai ter que ser desviada do foco inicial, que era os Estados Unidos, para a Europa, onde vai derrubar o mercado europeu fortemente, como também o mercado interno”, afirmou Guilherme Coelho, presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), em entrevista ao Agora, do Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC.
O setor vive um momento de incerteza às vésperas do início da chamada “janela americana” — período entre agosto e meados de outubro, quando são enviados cerca de 3 mil contêineres de manga brasileira aos Estados Unidos. Segundo Coelho, os exportadores já compraram materiais de embalagem, reservaram navios e fecharam contratos com os importadores americanos.
Em números, o Brasil exporta anualmente aproximadamente US$ 50 milhões em mangas, US$ 46 milhões em frutas processadas e US$ 41 milhões em uvas para os Estados Unidos. “Toda vez que você tem um caminho de uma água e barra aquela água, a água procura novos caminhos. Nós vamos ter que fazer a mesma coisa se permanecer isso, procurar novos parceiros”, declarou.
Segundo o presidente da Abrafrutas, embora o Brasil tenha aberto mercados nos últimos anos por meio de missões comerciais, esses acordos demandam tempo para amadurecer. “Nos dois últimos anos, através de viagens consecutivas, nós temos aberto muitos mercados de frutas. Mas isso leva um tempo”, explicou.
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A região do Vale do São Francisco é responsável por 90% das mangas exportadas pelo Brasil. Coelho alertou para os riscos que a possível taxação representa para a economia local, incluindo desemprego e prejuízos para as empresas. “Você não vai nem colher a manga porque não vale a pena. Isso vai desencadear em desemprego e prejuízos enormes”, afirmou.
Ele também apontou dificuldades logísticas para redirecionar rapidamente a produção para outros mercados, como a Europa. As embalagens, por exemplo, já foram compradas conforme as especificações dos clientes americanos, e não há tempo hábil para adaptações. Além disso, o mercado interno, segundo Coelho, não tem capacidade de absorver o volume de mangas disponíveis.
Para o dirigente, a solução ideal passa pela negociação entre os governos brasileiro e norte-americano antes de 1º de agosto. “O que a gente pensa e roga é que haja o bom senso, a prudência, a conversa e a negociação. Tudo se resolve, não precisa ser desta maneira”, concluiu.
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