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Açaí é proibido nos restaurantes oficiais da COP30; entenda

Publicado 16/08/2025 • 19:16 | Atualizado há 3 horas

Da Redação

KEY POINTS

  • A Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), responsável pela contratação dos serviços de alimentação na 30ª Conferência das Partes (COP30), que ocorrerá em Belém, em novembro, proibiu a comercialização do açaí nos restaurantes e quiosques oficiais do evento.
  • Além do açaí, pratos típicos da culinária amazônica, como o tucupi e a maniçoba, também estão vetados devido à possibilidade de conterem toxinas naturais, como o ácido cianídrico, se não forem preparados corretamente seguindo rigorosos padrões de fermentação e cozimento.
  • Ao todo, serão 87 estabelecimentos, divididos entre a Blue Zone (50 unidades, área restrita a delegações oficiais) e a Green Zone (37 unidades, aberta ao público).

Venda de açaí está proibida em restaurantes e quiosques da COP30

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A Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), responsável pela contratação dos serviços de alimentação na 30ª Conferência das Partes (COP30), que ocorrerá em Belém, em novembro, proibiu a comercialização do açaí nos restaurantes e quiosques oficiais do evento. A medida integra uma série de restrições alimentares impostas visando garantir a segurança alimentar dos participantes.

O principal motivo para a exclusão do açaí dos cardápios é o risco de contaminação pelo protozoário Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas, que pode estar presente em frutos não pasteurizados. A proibição vale para todas as formas do alimento, mesmo aquelas pasteurizadas, já que não é possível certificar toda a cadeia produtiva durante o evento.

Além do açaí, pratos típicos da culinária amazônica, como o tucupi e a maniçoba, também estão vetados devido à possibilidade de conterem toxinas naturais, como o ácido cianídrico, se não forem preparados corretamente seguindo rigorosos padrões de fermentação e cozimento.

Confira todos os itens proibidos para comercialização durante a COP30:

  • Açaí
  • Tucupi e maniçoba
  • Maionese caseira
  • Ostras cruas e carnes malpassadas
  • Sucos de fruta in natura (somente sucos de polpas pasteurizadas são permitidos)
  • Molhos caseiros
  • Bebidas abertas e sem nota fiscal
  • Leite cru e derivados não pasteurizados
  • Doces caseiros com cremes ou ovos sem refrigeração
  • Gelo artesanal ou não industrializado
  • Alimentos preparados com antecedência e fora de refrigeração
  • Produtos artesanais sem rotulagem ou registro sanitário

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Apesar das restrições, o edital da OEI exige que os restaurantes e quiosques utilizem pelo menos 30% de ingredientes locais ou sazonais, priorizando alimentos orgânicos e produzidos de forma sustentável. Também há a obrigatoriedade de oferecer opções veganas, vegetarianas, sem glúten e sem lactose, além de atender restrições religiosas como alimentos halal e kosher.

Ao todo, serão 87 estabelecimentos, divididos entre a Blue Zone (50 unidades, área restrita a delegações oficiais) e a Green Zone (37 unidades, aberta ao público). Os cardápios deverão ser elaborados segundo diferentes eixos culinários, como VIP Internacional, Brasileira/Regional, Italiana, Vegana/Vegetariana e Pan-americana.

Açaí foi vendido como sorvete na COP28 em Dubai

A restrição ao açaí na COP30 contrasta com a presença do produto na COP28, realizada em Dubai em 2023. Naquele evento, o sorvete de açaí foi comercializado na Green Zone, com um quiosque gerido pelo empresário brasileiro Márcio Saboya, que atua no Oriente Médio há uma década. Segundo Saboya, o sorvete foi convidado pela organização do evento por ser uma marca brasileira reconhecida e um produto saudável, ideal para o clima quente da região.

Especialistas destacam que o risco de contaminação está ligado ao processo de produção do açaí não pasteurizado, muito comum no Pará. O engenheiro de alimentos Diego Aires, da Universidade do Estado do Pará (UEPA), explica que o branqueamento do fruto reduz esse risco, mas a padronização não é sempre garantida. Já o açaí pasteurizado, amplamente utilizado pela indústria, é seguro para consumo.

A prefeitura de Belém iniciou um mapeamento dos pontos de venda de açaí na cidade como medida complementar para garantir a segurança alimentar durante o evento.

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